Aliviar sintomas negativos da infecção acelera o processo de cura e tem impacto direto na produção, alerta especialista da MSD Saúde Animal
A saúde e o bem-estar dos animais são pontos que requerem máxima atenção, pois algumas enfermidades ou problemas, de origem infecciosa ou não, podem acometê-los, e a inflamação por vezes se faz presente. Nos casos em que há uma infecção, sempre há também um processo inflamatório, o que torna essencial o uso associado de anti-inflamatório não esteroidal (AINE) e antibiótico para o tratamento de enfermidades como mastite, problemas de casco, Doença Respiratória Bovina, entre outras. Além de ajudar na modulação do processo inflamatório, o AINE reduz a dor e febre, que causam apatia e, como consequência, deixam o animal mais quieto e com menos predisposição para se alimentar, fazendo com que diminua sua produtividade e leve mais tempo para a recuperação.
A orientação é de André Pacheco, gerente técnico da unidade de negócios de Ruminantes da MSD Saúde Animal, que ressalta que ainda há um certo desconhecimento sobre o uso de anti-inflamatório e, por isso, em diversas situações não se usa esse tratamento no processo produtivo. A inflamação causa estresse, mal-estar e sofrimento devido a dor que o animal está, e muitas vezes, de acordo com o especialista, as pessoas responsáveis pelo manejo do rebanho, por ser difícil avaliar e o bovino “disfarçar” muito bem, não conhecem o real impacto da dor e de outros sinais da inflamação para o bem-estar e a performance dos rebanhos.
“Por ser difícil avaliar, os bovinos disfarçarem muito bem que estão com sinais clínicos da inflamação e, algumas vezes, por desconhecimento sobre a importância do uso de anti-inflamatórios, os profissionais não implementam o devido tratamento. Em várias situações, é necessário administrar um anti-inflamatório não esteroidal, visando a rápida recuperação do animal, com rápido retorno de produção”, diz André. O tema bem-estar animal tem se tornado cada vez mais relevante não somente pela conscientização sobre a necessidade de prover um bom tratamento aos animais, mas pelo seu impacto na produtividade. “As normas de bem-estar estão pautadas na necessidade de evitar o sofrimento durante todo o período produtivo, assim como durante os manejos praticados, com consequências diretas nos resultados de produção, já que, em ambientes adequados, os animais potencializam o seu desempenho.”
A produção de alimentos destinados ao consumo humano ganha cada vez mais um novo significado, trazendo para o centro da discussão as cinco liberdades dos animais durante o processo produtivo: estar livre de fome e sede; estar livre de desconforto; estar livre de dor, doença e injúria; ter liberdade para expressar os comportamentos naturais; e estar livre de medo e estresse. “Essas definições têm relação direta com a qualidade do produto final. Por isso, as práticas de baixo estresse e de respeito ao animal durante seu período de vida são fundamentais e precisam estar no foco de todos os produtores, o que inclui o conhecimento sobre tratamentos eficazes, como a associação, por exemplo, de anti-inflamatório e antibiótico”, finaliza André.
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