O primeiro pastejo pode gerar grande impacto no desempenho futuro da área, por isso deve seguir recomendações que vão garantir uma alimentação nutritiva para os animais
O primeiro pastejo dos animais faz parte do processo de formação de uma pastagem, fundamental para o completo estabelecimento das forrageiras e cobertura do solo. É tão importante quanto as demais etapas, como correção do solo e escolha do capim, porque o primeiro pastejo não só alimenta os animais, mas feito da maneira certa também estimulará as plantas a crescerem.
Antigamente, o primeiro pastejo era feito somente depois que a forrageira atingisse a sua maturidade, ou seja, quando estivesse “sementeando”. Isso era uma prática comum na época em que só havia sementes de baixa qualidade, vendidas misturadas com palha, torrões de terra, pedra e daninhas, ou seja, por conta destas impurezas ocorriam falhas nas áreas de plantio. Na tentativa de minimizar estas falhas, os pecuaristas esperavam para que as sementes das plantas novas se soltassem e cobrissem as áreas falhadas.
Thais Cavaleti, engenheira agrônoma na Soesp (Sementes Oeste Paulista), explica que essa prática mais prejudica do que auxilia na correção das falhas em áreas descobertas, justamente porque essas sementes muitas vezes não vão germinar, seja em razão da baixa viabilidade, seja em razão do sombreamento pelas plantas já estabelecidas. ‘Além disso, existem muitos processos específicos para que se consiga produzir uma semente com alto padrão”, destaca a profissional.
Esperar o pasto “sementear” implica em deixar a planta crescer além da altura recomendada para pastejo, nessa condição a proporção de talo aumenta em relação às folhas, com isso o teor de fibra sobe enquanto a digestibilidade do material diminui. Além disso, quando o animal entrar na área com o pasto muito alto, grande parte desse pasto irá tombar (ou acamar), dificultando o pastejo para eles. “Então, considerando a baixa eficiência de deixar um pasto “sementear”, todas as perdas e as dificuldades que teremos ao adotar esse tipo de estratégia, vemos que esta já não é mais uma boa opção de manejo”, completa Thais.
O que é ideal? – A melhor forma de fazer o primeiro pastejo é respeitando a altura das plantas para a entrada e saída dos animais. Essa altura para o primeiro pastejo varia conforme a cultivar utilizada na área (consulte AQUI as recomendações de altura).
Sempre fazer o teste do “arranque” antes de soltar os animais. A engenheira agrônoma explica que se deve puxar as plantas com as mãos e caso saia inteira, ou seja, com folhas, talo e raízes, então é necessário aguardar mais alguns dias para que fique enraizada.
Outra dica é fazer o primeiro pastejo com alta lotação, rápida, com animais leves, como bezerros e garrotes, assim o perfilhamento lateral será estimulado, proporcionando um bom fechamento do pasto. “Os animais vão consumir o capim, a touceira ficará mais aberta e a entrada de luz vai estimular o perfilhamento, que é a unidade básica de crescimento de uma planta forrageira”, pontua Cavaleti.
Para a profissional, o estabelecimento de um pasto não deve ser considerado um sucesso até que se obtenha uma boa densidade de plantas com alto perfilhamento. “O manejo das pastagens nesse período tem grande impacto em seu desempenho futuro”, ressalta.
Escolha sementes de qualidade – Como dito anteriormente, esta prática de esperar o pasto “sementear” só era usada quando a qualidade das sementes disponíveis no mercado era baixa e ocasionava falhas. Este não é mais o cenário no agro hoje, pois existem sementes de qualidade e certificadas, como as produzidas pela Soesp, dotadas da tecnologia exclusiva Advanced, com alto valor cultural, alto índice de pureza e viabilidade.
Além do plantio uniforme e compatível com qualquer maquinário, as sementes Soesp Advanced contam também com dois fungicidas e um inseticida em sua composição, o que reduz ataques de fungos e formigas, portanto, mais sementes viáveis no solo.
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