A microbiologia do solo foi discutida entre consultores participantes de norte a sul do país em diferentes culturas
A terceira edição do Desafio Microbioma Brasil (DMB) se encerrou na última terça-feira (29/11). Consultores de norte a sul do país apresentaram trabalhos conduzidos em diferentes culturas para avaliar os efeitos do adubo biológico produzido com Microgeo® visando a prática da sustentabilidade no agronegócio.
O DMB é uma idealização dos fundadores da Microgeo️, empresa 100% brasileira do setor de biológicos, sendo pioneiro no país e inspirado no evento internacional “Plant Microbiome Symposium”. “Ano a ano temos visto mais envolvimento dos consultores participantes e nos surpreendemos com a qualidade dos trabalhos. Dessa vez não foi diferente, a final foi muito concorrida e a decisão ficou numa pequena diferença de notas. O objetivo do Desafio de incentivar discussões sobre a importância do microbioma do solo e da sustentabilidade na agricultura foi cumprido”, comemorou Caio Suppia, Diretor de DH e Marketing da Microgeo.
O trabalho vencedor, de autoria dos produtores Ricardo e Renato Delarco (foto), apresentou uma nova forma de manejo com adubação biológica na formação da lavoura de cana-de-açúcar. Se destacando pela inovação e complexidade, além de análises elaboradas.
O produtor Renato Delarco é engenheiro agrônomo e o trabalho apresentado no Desafio também é sua tese de pós-graduação pela ESALQ/USP. Ele concluiu que a biotecnologia Microgeo® possui sustentabilidade agronômica e comercial para ser aplicada na cultura da cana-de-açúcar e ainda traz um ganho em produtividade e financeiro. Ele destacou que levando-se em conta os dados de produtividade (TCH) apontados no experimento em relação ao tratamento testemunha, houve um ganho médio de produtividade de 17 t/ha de cana. “Considerando o valor por tonelada com base na tabela Consecana de setembro de 2022, que é de R$ 143,44, o ganho monetário/ha deste experimento foi de R$ 2.438,63. O valor investido para este retorno foi de 300 litros de Microgeo/ha, com custo de R$ 337,50/ha. No cálculo final temos uma relação custo-benefício positiva de R$ 2.101,13, ou seja 14,64 t/ha”, detalhou o vencedor.
Delarco comentou ainda que o nível das apresentações e dos trabalhos são muito altos e que o Desafio enriquece muito o repertório de todos no setor sucroenergético e no agronegócio de um modo geral. “Todos estão de parabéns, estamos todos contribuindo. Eu aprendi demais nessas duas etapas, e vi bastante coisa que quero implementar nas próximas safras”, comemorou o campeão do Desafio.
O segundo lugar da etapa nacional foi o professor e consultor Gustavo Fregonezi. Ele venceu na etapa regional Sul e avaliou o uso da Biotecnologia Microgeo® na produtividade de milho submetido a desfolha abaixo da espiga e comparou as modificações químicas e biológicas no solo sem a utilização da tecnologia Microgeo em comparação a utilização ao longo de 4 e 11 anos consecutivos, mostrando os benefícios cumulativos no sistema produtivo ao longo desses anos. Os atributos químicos e biológicos do solo foram melhorados, o que protege as plantas de momentos de adversidade climática potencializando a produtividade das culturas.
O segundo colocado exaltou a importância da pesquisa para o agronegócio. “Eu acredito muito na pesquisa, tudo o que eu recomendo como consultor ou ensino como professor vem da pesquisa. O DMB permite que a gente use nossa imaginação e eu estou muito feliz com a vitória, pois mostra que estamos no caminho certo. Só assim vamos conseguir fazer o que todos esperam do Brasil, que é aumentar a produtividade com sustentabilidade”, comemorou Fregonezi.
O Dr. Fernando Andreote, da ESALQ/USP, que faz parte da banca avaliadora do DMB há três anos, destaca que a essência do Desafio é mostrar na prática o que se vê na parte teórica. “São resultados fresquinhos vindos direto do campo. E nesses anos é evidente a crescente complexidade dos trabalhos. São quase artigos científicos prontos, com muitos detalhes, levantando dados e medindo resultados. O DMB está quase virando um Simpósio”, disse Andreote.
Os trabalhos que ficaram em primeiro e segundo lugar na etapa nacional vão participar, com tudo pago pela Microgeo, do Plant Microbiome Symposium em 2023 que será realizado em Quito, no Equador.
As inscrições para a 4ª edição do Desafio Microbioma Brasil serão abertas em breve. Mais informações AQUI!
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