Discussão do tema, com foco em sustentabilidade, acontece entre lideranças do setor nesta terça-feira, 18/10, em Ribeirão Preto
Ao longo de três décadas, a área brasileira da cana-de-açúcar cresceu 145% e a produção 194%, números que colocam esta cultura como a terceira maior no cenário agrícola do país, de acordo com estudo do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora). “A realização de pesquisas e a adoção de tecnologias e de práticas sustentáveis no campo colocam o Brasil como protagonista no cenário canavieiro mundial”, afirma Bruno Rangel Geraldo Martins, vice-presidente da Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil, a ORPLANA, que participa do fórum apresentando as soluções e projetos já realizados, que corroboram sua afirmação.
A apresentação será no evento Bonsucro Global Week, no dia 18 de outubro, a partir das 09h, em Ribeirão Preto. “Hoje os produtores alcançam níveis de sustentabilidade em suas atividades de modo que também conquistam certificações internacionais. Estas reconhecem suas boas práticas nos três pilares: econômico, social e ambiental. Estamos produzindo mais, sem impactar negativamente o meio ambiente, e gerando crescimento social e de renda nas regiões produtoras”, diz Martins. O vice-presidente apresentará ainda no painel o desempenho de dois projetos de sustentabilidade, Top Cana e o Muda Cana.
A Orplana representa o produtor canavieiro também na busca da justa remuneração. “A sustentabilidade se dá 90% no campo e 10% nas indústrias. Portanto, é imprescindível também uma remuneração equilibrada e justa para que o negócio do produtor se mantenha sustentável em todos os pilares”, aponta o CEO da Organização, Roberto Perosa.
Para tanto, a Orplana tem defendido os interesses dos produtores em diversas frentes junto ao Governo Federal. Dentre as ações está uma carta enviada à Presidência da República que destacou a importância do RenovaBio para toda a cadeia sucroenergética, bem como a aprovação do Projeto de Lei 3149/2020 – que trata da remuneração dos CBios e prevê divisão dos valores de venda na proporção de 80% aos produtores rurais. Participou, ainda, de debates junto a representantes do setor sucroenergético em relação à PEC – Proposta de Emenda à Constituição 15/22 – que estabelece diferencial de competitividade, pelos próximos 20 anos, aos biocombustíveis em relação aos combustíveis fósseis – juntamente com o setor produtivo, resultando na redução da alíquota do etanol hidratado.
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