A importação de fertilizantes pelos portos do Paraná, o principal porto de entrada do produto no Brasil, segue aquecida devido à demanda crescente e o mercado em alta para a comercialização. Segundo dados da Administração do Portos de Paranaguá e Antonina, em agosto, foram descarregadas 773.771 mil toneladas do produto.

No entanto, os dados de Paranaguá – por onde passam 25% dos fertilizantes importados pelo Brasil – mostram que não está faltando produto, mas está faltando espaço para armazenagem do fertilizante importado.

O insumo é essencial para a agricultura e o Brasil depende de fornecedores estrangeiros para suprir a demanda.

 

Necessidade de ampliação – Devido a esta alta demanda de importação, a Fortesolo – operadora portuária especializada em descarga e armazenagem de fertilizantes em Paranaguá – já prevê ampliar a sua infraestrutura de armazenagem.

Para os próximos meses, a expectativa é aumentar em 45% a capacidade dos armazéns, passando de 227 mil toneladas para 327 mil toneladas. “Estamos sempre à frente, crescendo em capacidade de armazenagem para atender o mercado”, destaca o presidente da Fortesolo, Marco Ghidini.

Em 35 anos de atividade, a empresa movimentou cerca de 30 milhões de toneladas de fertilizantes no Porto de Paranaguá, principal porta de entrada de insumos no país. O volume representa quase a produção de grãos estimada para a safra 2021/22 no Paraná, um total de 34,6 milhões de toneladas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A estratégia de ampliação da Fortesolo está alinhada ao crescimento do agronegócio brasileiro. Dados da Conab apontam que em 1987, início das operações da empresa, a produção nacional de grãos no país girava em torno de 66 milhões de toneladas. Para 2022, a produção está estimada em 271 milhões de toneladas, um aumento de 309% , conforme a Conab.

 

Segurança na armazenagem – Os fertilizantes são produtos indispensáveis para o produtor rural que deseja colher uma safra produtiva e de qualidade. Entretanto, para que eles não percam seu potencial produtivo, é importante garantir que sejam manuseados e armazenados de maneira correta, de forma que todas as suas propriedades originais sejam mantidas.

Neste sentido, a Fortesolo tem buscado certificações internacionais com foco em segurança, saúde, meio ambiente e compliance. Há um ano, a empresa conta com a certificação ISO 37001, norma global de gestão de sistemas antissuborno. Após auditoria conduzida pela certificadora internacional RINA, o selo reconhece as ações da empresa para manter relações transparentes entre todos os públicos: parceiros, clientes e colaboradores.

“A implantação do sistema de gestão integrado resultou em melhorias nas áreas de saúde e segurança do trabalho, eficiência operacional e padronização dos processos, nas quais obtivemos todas as certificações necessárias”, disse.

No processo de compras, por exemplo, os pedidos ocorrem após a aplicação e a análise de um formulário de due diligencie, termo que traduzido para o português significa devida diligência. “Na prática é uma garantia em oferecer equidade entre todos os fornecedores e transparência. O processo fica mais confiável para tomada de decisões”, explica Ghidini.


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