O Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) de agosto fechou em 1,50, apresentando um recuo de 19% em relação ao mês anterior. O resultado refletiu a redução registrada nos preços dos adubos e do aumento dos preços das commodities agrícolas com as incertezas no clima da safra nos Estados Unidos, favorecendo ainda mais a relação de troca para o produtor rural.

Em agosto os fertilizantes fosfatados e potássicos recuaram em relação a julho. Os principais fatores seguem sendo um reequilíbrio entre oferta e demanda. Já os preços dos nitrogenados registraram alta, impactados pelas incertezas de abastecimento de gás natural na Europa.

O preço das commodities subiu quase 2% em relação a julho, liderado pelas recentes revisões negativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sobre a safra de milho do país. Outro destaque foi o aumento de 2.5% nos preços da soja, em reflexo às revisões para baixo na qualidade das lavouras norte-americanas e incertezas climáticas nos Estados Unidos.

Outro fator considerado na composição do IPCF é o câmbio, que variou em quase 4% para baixo no dólar, motivado pelas incertezas sobre a demanda chinesa dos próximos meses. Os últimos números divulgados pelos norte-americanos sobre o índice de confiança do consumidor, porém, têm trazido otimismo e boas expectativas para as próximas reuniões do Federal Reserve System (FED), banco central dos Estados Unidos, em setembro.

Entendendo o IPCF

O IPCF é divulgado mensalmente e consiste na relação entre indicadores de preços de fertilizantes e de commodities agrícolas. Uma relação menor que 1,0 indica que os fertilizantes estão mais acessíveis do que no mesmo período em 2017, e uma relação maior que 1,00 significa que os adubos estão menos acessíveis em comparação com o mesmo período. O cálculo do IPCF leva em consideração as principais lavouras brasileiras: soja, milho, açúcar, etanol e algodão.

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