O protagonismo dos multiplicadores de sementes de soja na liderança do Brasil na produção mundial do grão
Por Marcelo Bohnen, engenheiro agrônomo e líder da Cordius, marca de licenciamento de sementes de soja da Corteva Agriscience.
O Brasil é o maior produtor e exportador de soja do mundo. Para a safra 2021/22, encerrada em junho, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), estima uma produção de 124 milhões de toneladas em 40.95 milhões de hectares (ha). Agora, na temporada 22/23, o país se prepara para semear a maior área de soja da história, em 42,88 milhões de ha, segundo projeção da consultoria Safras&Mercado. A liderança do Brasil no cultivo da oleaginosa com cultivares de alta produtividade, qualidade e biotecnologia tem como protagonistas os Multiplicadores.
Cerca de 85% do mercado de sementes de soja no país utiliza o modelo de licenciamento, em que as empresas, como a Cordius, marca de licenciamento de semente de soja da Corteva Agriscience, oferecem genética de alta performance aos maiores e melhores produtores e revendedores de sementes: os multiplicadores. O licenciamento consiste na permissão para a utilização da genética e posterior revenda das sementes mediante pagamento de royalties.
Esses multiplicadores têm um papel fundamental, além de produzir, manter a qualidade da variedade que foi pesquisada e desenvolvida por anos com a criação de biotecnologias, que são integradas a programas de melhoramento genético, eles também entregam um conjunto de soluções, entre elas, genética de alta performance, tratamento de sementes e acesso à novas biotecnologias, como a Enlist, que está revolucionando a agricultura brasileira.
Todo o trabalho do multiplicador é regido por legislações e normas técnicas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). As empresas licenciadoras também têm suas exigências como, por exemplo, o compartilhamento dos índices de germinação, pureza e vigor da semente, entre outras questões. Os multiplicadores seguem os critérios e vão além, tudo para levar ao produtor uma cultivar que vai fazer diferença em sua lavoura com biotecnologia e, o principal: com certificação.A partir disso, os multiplicadores produzem as sementes, embalam e realizam a venda.
Na cadeia da soja, os multiplicadores também são responsáveis por ouvir as necessidades dos agricultores para oferecer variedades que façam a diferença em sua lavoura, já que estamos em um país continental e cada produtor está em uma região e tem a necessidade de variedades com características específicas. Os multiplicadores também orientam os sojicultores a plantar a melhor cultivar, não se limitando apenas na entrega das sementes solicitadas. Isso significa não seguir apenas o feeling do agricultor ou apontar a cultivar com maior parcela do mercado, mas sugerir uma variedade com foco na rentabilidade através do aumento da sua produtividade, alinhada ao correto posicionamento da semente.
Os multiplicadores são o elo entre a pesquisa e a disponibilização de novas cultivares com tecnologias inovadoras para atender às necessidades do campo e impulsionar a produtividade da soja brasileira. Também realizam um trabalho na ponta da cadeia com dedicação e levando conhecimento aos agricultores. Juntos, multiplicadores e agricultores têm colocado a oleaginosa do país em alto patamar, mostrando o protagonismo do Brasil na produção mundial, da pesquisa e desenvolvimento até a colheita.
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