Cifra total considera 61% de aumento na produção de alimentos e 39% de redução de carbono, dois fatores resultantes do aumento da produtividade gerado pelo projeto, mais o valor da perpetuidade da iniciativa. Além disso, montante equivale a 12,77 vezes cada real investido pela gestora

 

A GK Ventures, gestora de investimentos de impacto, concluiu o cálculo de retorno social do investimento realizado no Rehagro, um dos principais players de educação em agronegócio no País. Com a avaliação, é possível medir que pelo aporte realizado no Rehagro no início do ano, a empresa tem um potencial de gerar R$1,3 bilhão de impacto social e ambiental, representando um retorno de 12,77 vezes para cada real investido.

A aquisição de 33% de participação no Rehagro, feita com em conjunto com a gestora 10b, da SK Tarpon, foi anunciada em fevereiro. Desde então, a GK vem utilizando a metodologia própria ‘Múltiplo de Impacto (MdI)’, que analisa custo-benefício, e foi escolhida a partir de um estudo realizado em conjunto com o núcleo de medição de impacto socioambiental do Insper, o Insper Metricis (resultando no Guia de Monetização de Impacto Social).

O ganho de produtividade foi o principal pilar analisado no MdI do Rehagro. Para os efeitos sociais, foi levado em conta o perfil dos alunos do grupo Rehagro e que os egressos aumentarão em 3,83% a produtividade que geram nas propriedades em que atuam após a conclusão dos cursos, resultando em maior produção de alimento na mesma área plantada. Na parte ambiental, estimamos as emissões de gases nocivos evitadas, assim como as melhorias no nível de produtividade do solo gerados pelo aprimoramento do manejo, índices que seriam causados pelos aprendizados adquiridos pelos alunos durante os cursos. Para chegar no cálculo do MdI, a gestora multiplicou o valor presente líquido atribuído ao impacto social e ambiental da empresa pela participação do fundo, e dividiu pelo valor investido, resultando em um múltiplo de 12,77 vezes a mais, quando o mínimo esperado pelos investidores é de 2 vezes o capital aportado.

O cálculo da GK compreende sete etapas: construção da narrativa de impacto; avaliação da relevância e escala; identificação dos resultados sociais e/ou ambientais alvo; estimativa do valor econômico desses resultados para a sociedade; ajuste para riscos; estimativa do valor terminal e cálculo do retorno social de cada real investido.

“A monetização de impacto não é uma tarefa simples, mas é necessária, uma vez que as gestoras buscam negócios que ajudarão em desafios da sociedade, aliados ao retorno econômico. Então, o cálculo apresenta a relevância, avalia a viabilidade e justifica os investimentos. Nesse sentido, a mensuração de impacto aparece como uma das ferramentas mais valiosas para os projetos de impact growth”, declara Patrícia Nader, sócia da GK e Head de Impact & ESG.

Analisando os dados dos próximos sete anos, tempo relacionado ao ciclo de investimento da GK Ventures, concluiu-se que o Rehagro possui potencial de gerar um valor social e ambiental total de R$ 333 milhões ao longo do período, usando como base dois fatores resultante do aumento da produtividade: maior produção de alimentos (61% do total) e redução da pegada de carbono (39% do total). Soma-se o valor da perpetuidade, que considera o último ano de projeção, totalizando R$1,3 bilhão.

 

Capacitação profissional e produtividade agrícola – A metodologia avaliou o período de formação profissional de aproximadamente 151 mil alunos que passarão pelo Rehagro, dos quais 68,3 mil serão impactados ao concluírem os cursos, por meio do aumento da produtividade, o que gera um adicional de 405 mil toneladas de alimentos produzidos no período de investimento.

No lado social, que olha para o aumento de produção de alimentos e a valoração gerada a partir dos cursos do Rehagro, foi considerado a média dos valores de algumas das principais commodities comercializadas no Brasil: soja, café, milho e leite. “Descontado a valoração, para além do investimento necessário para as despesas dos cursos, é plausível acreditar que para adotar as práticas aprendidas nas aulas, os alunos incorram de custos adicionais, como novos tipos de insumos e mão de obra mais especializada, por exemplo. Neste cenário, usa-se a premissa que 50% do ganho bruto é investido”, pondera a executiva.

Em relação ao impacto ambiental, Patrícia explica: “As atividades do Rehagro, por meio de seus formandos, podem otimizar o uso de terras e consequentemente diminuir a quantidade de gases poluentes na atmosfera, totalizando 32 mil hectares poupados, evitando assim a emissão de 2,7 milhões de carbono na atmosfera”.

A GK Ventures existe para reunir talento, recursos e conhecimento por trás da solução de problemas relevantes do mundo atual. É uma gestora de investimentos de impact growth, buscando participações minoritárias, com governança, em companhias já estabelecidas e em crescimento nos setores de educação, saúde e mudanças climáticas. A GK Ventures tem o objetivo de impulsionar projetos e negócios capazes de promover impacto e fazer a diferença na sociedade. Portanto, investe em empresas onde a geração de impacto é incorporada ao modelo de negócio, com contribuição aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS), e que possuem retornos financeiros competitivos.

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