Especialista analisa como os cuidados desta safra influenciam a colheita 23/24; consultor oferece dicas de manejo
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção de cana-de-açúcar, para a safra 2022/23, deverá totalizar 596,1 milhões de toneladas, um aumento de 1,9% na produção em relação ao ciclo anterior. Além disso, a instituição aponta que a expectativa de recuperação da produtividade é de 3,2% e o rendimento médio dos canaviais está estimado em 72,6 ton/ha. Para alcançar tais índices, o canavial precisa ter um bom gerenciamento agrícola, aliado às técnicas de plantio e aos tratos culturais.
João Rosa, pesquisador do Instituto de Pesquisa e Educação Continuada em Economia e Gestão (PECEGE), pontua que além dos obstáculos naturais, ele aponta os desafios econômicos e logísticos dos produtores e das usinas com os conflitos entre Rússia e Ucrânia: “Pela dependência de fertilizantes e matérias-primas vindas da Rússia, todos ainda estão sentindo o impacto. Na safra anterior, por exemplo, os custos observados para formar o canavial eram de, aproximadamente, R$ 13 mil por hectare. Nesta, atual, as primeiras estimativas atingem o orçamento de R$ 16 mil, mesmo considerando as diferenças e variações por sistema de produção e práticas”. O profissional completa que os tratos culturais de soqueira, por exemplo, eram de R$ 3 mil na última safra e, hoje, chegam a R$ 5 mil; e a guerra afeta, ainda, a disponibilidade dos produtos.
“Temos outros fatores comprometedores. Em termos climáticos, a safra anterior foi dramática. Sabemos que ainda carregaremos essa herança e um impacto do passado, mas acredita-se na recuperação. Algumas áreas sofreram, principalmente, com a geada e começaram atrasadas. Porém, com o bom volume de chuvas em 2022, a expectativa é que os canaviais atinjam os resultados esperados”, indica Rosa.
O especialista acredita que a safra 23/24 será, sim, produtiva. “A expectativa, sem adversidades climáticas, é que os números voltem a bons patamares. Pois vimos que a taxa de reforma nesta safra foi alta, o que impactará a produtividade positivamente. Além disso, a cana-de-açúcar é uma cultura semiperene e todo o investimento que fazemos hoje impacta na próxima colheita e na longevidade desse canavial, podendo refletir em até 10 anos a produção”.
Por isso, é importante investir agora para influenciar positivamente outros ciclos. Um dos produtos da Ourofino Agrociência que oferece proteção no estágio de desenvolvimento inicial do canavial é o fungicida Poderus®, que tem duplo mecanismo de ação, proveniente da combinação de ingredientes ativos de grupos químicos diferentes.
O agrônomo Gustavo Vigna (foto), gerente de marketing Centro-Leste, explica que a solução auxilia na brotação das mudas e melhora o estabelecimento do estande, além de ser uma excelente ferramenta para proteger a sanidade em períodos mais tardios, quando aplicado na parte aérea.
“A eficácia no controle da podridão-abacaxi (Ceratocystis paradoxa), da ferrugem-marrom (Puccinia melanocephala), da ferrugem-alaranjada (Puccinia kuehnii), além de outras doenças foliares, faz desse um produto versátil, podendo ser aplicado em diversos estágios de desenvolvimento da cultura”, orienta Vigna.
Por conta dessa flexibilidade, Poderus®, pode ser utilizado tanto no sulco de plantio da cana, visando o manejo preventivo de doenças de solo, como é indicado para a aplicação foliar para a sanidade das folhas. Seletivo, possui elevada sistemicidade e rápida translocação. “Com efeito preventivo e curativo, é uma opção segura ao produtor. Em testes de desempenho, a solução mostrou uma excelente performance em comparação a outros produtos usados no mercado”, diz o gerente de marketing Centro-Leste.
ATR – João Rosa destaca que, em termos de qualidade de quilogramas de ATR por tonelada, acredita-se que não haverá tantas variações neste ano. De acordo com o pesquisador, economicamente, o ATR não terá um ganho expressivo de preço igual à safra retrasada, é esperado que se mantenha estável, por isso, o produtor precisa ficar atento, pois o custo será mais alto e a margem, provavelmente, fique mais apertada e haverá uma manutenção nos preços.
“Temos que aproveitar o bom momento para investir e ter alta produtividade e rentabilidade para a cadeia e, também, para a perpetuidade da atividade. Quando há um cuidado com a cultura e todos os tratos são realizados adequadamente, ela sucumbe menos a eventuais adversidades”.
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