Ex-Ministro da Agricultura que adotou como lema ‘alimento é um direito, alimento é paz’, é indicado pela segunda vez ao Nobel da Paz
No último dia 30 de janeiro, Alysson Paolinelli, ex-Ministro de Agricultura, teve sua nomeação protocolada pelo Diretor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), Durval Dourado Neto, no Comitê Norueguês do Nobel (The Norwegian Nobel Committee), para concorrer ao Prêmio Nobel da Paz.
Para tal indicação, foram reunidas 183 cartas de apoio de organizações representando 78 países. Mais de 50% desse apoio veio de instituições ligadas a ciência, pesquisa e desenvolvimento, educação e cooperação internacional. A indicação foi assentada em um dossiê reunindo documento técnico e cartas de apoio, no total de 463 páginas.
Para Dourado Neto, o ex-Ministro da Agricultura sempre foi um visionário e um obstinado na valorização da ciência, da pesquisa, da inovação e da difusão de tecnologia. “Paolinelli é responsável pelo impulso que inaugurou uma nova era na agricultura brasileira, cujos impactos socioeconômicos, de sustentabilidade e desenvolvimento humano estão presentes até hoje”.
Aos 85 anos, Paolinelli permanece trabalhando pela segurança alimentar no Brasil e em outras áreas tropicais da América do Sul e da África. Ele criou e preside o Instituto Fórum do Futuro, entidade que conduz um trabalho inovador por meio do Projeto Biomas Tropicais.
O projeto desenvolve novos meios para a evolução da agricultura nas regiões dos seis biomas brasileiros, em particular na Amazônia. O trato conta com o apoio de universidades e cientistas e está alinhado com as soluções das questões das mudanças climáticas, da insegurança alimentar acentuada pela pandemia em todo o mundo e da exigência social crescente por sustentabilidade.
Paolinelli afirma que essa indicação é uma distinção para ele e que esse sinal lhe traz a responsabilidade de continuar trabalhando pela produção sustentável de alimentos. “Enquanto eu puder, vou levar a todos os cantos do Brasil e do mundo o que representa essa agricultura tropical tão sustentável que criamos aqui e que o agricultor brasileiro não para de aprimorar”.
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Texto: Alicia Nascimento Aguiar | MTb 32531
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