A presença feminina na cooperativa aumenta a cada ano, da gestão da lavoura a posições de liderança elas ganharam espaço e abrem novos horizontes no setor
Segundo pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas em 2018, as mulheres já ocupam 34% dos cargos gerenciais no agronegócio brasileiro e quase 1 milhão de mulheres dirigem propriedades rurais por todo o país e este número vem aumentando a cada ano por isso a Coplacana atenta às mudanças busca sempre entender como auxiliar as profissionais dentro e fora da cooperativa.
Desde a gestão na lavoura como cooperadas, ao mundo acadêmico, e posições de liderança, dentro da cooperativa e em projetos como o Núcleo Jovem Coplacana e Avance Hub de inovação da Coplacana, elas ganharam espaço e abriram novos horizontes para as mulheres dentro do negócio.
Amanda Schiavinatti, de 33 anos, é um desses exemplos de mulheres que vem conquistando espaços de liderança e fortalecendo o setor. Gerente das filiais Coplacana de Catanduva e São José do Rio Preto, Amanda diz que as mulheres têm um outro olhar sobre a gestão de negócios e pessoas. “Independentemente de qualquer perfil profissional, sinto que nós temos uma maneira mais empática de enxergar as opiniões e reconhecer talentos, e quando se trata de gestão a empatia, esse envolvimento faz muita diferença na verdadeira liderança”, pontua.
Maria Sidneia Marotto, praticava as atividades agrícolas junto ao esposo que é cooperado há muitos anos, nos finais de semana como hobby. Mas, a paixão pelo agro foi crescendo, ela deixou sua carreira como funcionária pública e atualmente, é responsável pela parte administrativa da propriedade. Em sua opinião, a presença feminina no agronegócio tem o poder de trazer melhorias. “Acredito que as mulheres têm uma missão importante no campo que é ajudar a melhorar as condições de trabalho. Pensar não só no âmbito trabalhista, mas também no bem-estar dos trabalhadores e de suas famílias. Por exemplo, no caso dos funcionários que moram na fazenda é necessário pensar em uma casa que tenha um certo conforto para ele e a sua família e, principalmente, respeitar a liberdade enquanto indivíduo”, diz.
A sucessão familiar também é uma realidade presente neste contexto. São mulheres que assumiram as propriedades familiares por necessidades diferentes, mas com o mesmo objetivo: o de aprender com o trabalho já realizado e trazer novas formas de gerir e produzir com base em novas ideias e tecnologias.
É o caso da jovem Bruna Scotton filha de cooperado e integrante do Núcleo Jovem Da Coplacana, formada em agronomia pela Esalq e atuando no setor do agronegócio, e tem se aproximado cada vez mais das atividades relacionadas à propriedade de seu pai. “Depois que eu me formei e comecei a trabalhar, e ter contatos, e aprender mais coisas falando a língua dele, meu pai começou a me valorizar mais e ver que eu levava as coisas a sério e que eu entendia do que eu estava falando”, explica Bruna. A jovem tem vontade de a longo prazo tocar a propriedade da família, com cana, e também expandir para novas produções.
Todas estas mulheres se identificam com a realidade no campo e estão na busca por inovação e conhecimento, transformando essa ascensão em ganhos para o setor. Para elas, este é o começo de uma mudança promissora.
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