Longa estiagem, geadas e irresponsabilidade tornam o período propício a queimadas, sendo os produtores rurais um dos grandes atingidos
“Enfrentamos um período crítico de seca, crise hídrica e impactos climáticos que refletem na produção agropecuária e no meio ambiente”, alerta Fábio de Salles Meirelles, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), que destaca que esses elementos potencializam os riscos de incêndios florestais, sendo fundamental a união entre todos os setores do governo e da sociedade nessa luta.
Por isso, a entidade busca ampliar sua rede de conscientização, contando com o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-SP), sindicatos rurais paulistas e parceiros. Exemplo disso é a campanha que está sendo realizada nos postos de pedágios de todo Estado, chamada “Operação Corta-Fogo”, promovida pelo Governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA), com apoio da Federação, para fornecer orientações e uma abordagem educativa sobre práticas contra incêndios florestais.
Os motoristas são alertados para não soltar balões, evitar fogueiras e queimadas, não jogar bitucas de cigarro e outros lixos nas estradas, dentre outras orientações. Os avisos sobre esses hábitos procuram chamar a atenção sobre as principais atividades que podem iniciar incêndios e causar desastres ambientais e consequentemente prejudicar a atividade agropecuária.
A “Operação Corta-Fogo” ocorrerá até o mês de outubro para comunicar ações de combate ao fogo por meio das campanhas preventivas. Também integram essa campanha órgãos estaduais como a Coordenadoria Estadual de Proteção Defesa Civil (CEPDEC), o Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar Ambiental, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), a Fundação Florestal (FF) e o Instituto Florestal (IF).
“Somos os mais interessados em preservar o meio ambiente, pois temos um compromisso com todos. Há sempre um grande temor de esses focos de incêndio atinjam as propriedades rurais, destruindo lavouras e pastagens, que levarão anos para se recuperar”, explica Meirelles.
A Federação já desenvolve um trabalho para sensibilizar sobre os riscos dos incêndios, causados muitas vezes por acidente, como balões e bitucas de cigarro jogados às margens das rodovias. Esses focos de incêndio, que começam em matas secas, acabam atingindo áreas florestais e propriedades rurais, trazendo grandes danos ao meio ambiente e ao agronegócio.
A Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA) informou que em 2020, foram registrados 269 focos de incêndio, que impactaram mais de 21 mil hectares de mata no Estado de São Paulo. Neste ano, as regiões de Morro Agudo e Araçatuba já foram atingidas por grandes focos de incêndio que começaram a beiras das estradas, aumentando o risco de queimada nas propriedades rurais nos entornos.
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