Realizado desde 2003, programa monitora mais de 78 mil hectares conservadas pela companhia para a proteção da fauna e da flora, incluindo espécies ameaçadas de extinção

A Arauco Brasil sempre esteve atenta ao que significa, na prática, ser uma empresa sustentável. Segunda maior produtora de painéis de madeira no mundo e a primeira nas Américas, realiza desde 2003 estudos e monitoramentos sobre a biodiversidade da fauna e da flora em 78 mil dos 211 mil hectares pertencentes à empresa. O objetivo é a conservação da biodiversidade em todos os ecossistemas encontrados nessas áreas, incluindo espécies ameaçadas de extinção. Interrompidos durante a pandemia, os estudos de campo estão sendo retomados agora, no mês em que se celebra o Dia Internacional da Biodiversidade.

As áreas estão situadas no Paraná e no Mato Grosso do Sul. A amostragem identificada nos territórios de conservação contempla tipos diferentes de ambientes florestais, entre eles mata atlântica, composta por floresta com araucária, floresta estacional semidecídua, cerrado, zonas de ecótonos (transição entre formações florestais distintas) e no interior dos plantios de pinus e eucaliptos. Esses 18 anos de atenção à biodiversidade já somam mais de 100 relatórios técnico-científicos, com mais de 7 mil registros da flora e 12 mil registros da fauna.

Na retomada dos estudos, o trabalho visa também comparar, por exemplo, dados de anos anteriores para avaliar se a menor atividade humana nessas áreas no ano passado alterou a presença ou o  comportamento dos animais no período. O monitoramento a partir de agora passa a incluir ainda florestas plantadas de pinus e eucalipto, que serão comparadas às florestas nativas mais próximas para avaliar quais espécies de animais podem utilizar as áreas plantadas como abrigo, forrageio (busca por recursos alimentares) ou passagem.

“É assim que a Arauco encara sua vocação de ser uma empresa sustentável: com seriedade, mangas arregaçadas e a produção de informação que contribui para ampliar o conhecimento em conservação ambiental”, afirma Maria Harumi Yoshioka, Gerente de Responsabilidade Socioambiental da Arauco. Nesse balanço de quase duas décadas de atividades de pesquisa e cuidados voltados à biodiversidade, a companhia soma 627 espécies animais em sua fauna e 733 espécies em sua flora, todas identificadas (ver box).

Uma estimativa da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês) informa que o Brasil detém 20% da biodiversidade do planeta e 30% das florestas tropicais de todo o globo terrestre.

 

Ameaça – Uma das principais ameaças à biodiversidade é a fragmentação do ecossistema e o desmatamento de florestas nativas para a ampliação das culturas agrícolas, pastoris, além da urbanização. Há ainda a pressão da caça dos animais silvestres e a derrubada ilegal de madeira nativa com importância econômica. “O desafio da Arauco, com esse trabalho, é conseguir manter e/ou melhorar essas áreas”, explica Maria Harumi. “Esse trabalho inclui conter a caça ilegal, eventualmente o desmatamento que venha de fora e barrar grupos que estão na região cortando árvores de modo ilegal para extrair madeira, coisa que a gente consegue identificar com o monitoramento”, acrescenta. A empresa realiza também campanhas de conscientização com a comunidade nas áreas de influência.

 

Proteção a espécies ameaçadas de extinção – O monitoramento da fauna acontece a partir de uma rede de câmeras instaladas nas áreas de conservação – as chamadas “câmeras armadilhas”. Instaladas em árvores e devidamente camufladas, são acionadas por qualquer movimento na região de alcance das lentes. As imagens – fotos e vídeos – são utilizadas para a realização dos estudos das espécies. Com elas, é possível entender os hábitos dos animais. Hoje, são cerca de 50 câmeras no Paraná e Mato Grosso do Sul, instaladas em pontos estratégicos para a devida captação das imagens.

No grupo de 100 espécies identificadas como ameaçadas de extinção, estão, entre as aves, o papagaio-de-peito-roxo (Amazona vinacea), o mutum-de-penacho (Crax fasciolata), o uru (Odontophorus capoeira) e o macuquinho-da-várzea (Scytalopus iraiensis). Já entre os mamíferos estão a onça-parda (Puma concolor), a anta (Tapirus terrestris), o tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) e o veado-bororó (Mazana nana).

O muriqui-do-sul, ou monocarvoeiro (Brachyteles archnoides), considerado o maior primata das Américas e criticamente ameaçado de extinção, foi encontrado em uma área da empresa. A maioria da população da espécie é escassa e de difícil visualização.

A Arauco Brasil tem em seu DNA o amor pelo meio ambiente. Sua coleção de certificações inclui as mais relevantes no mercado internacional, como FSC® – Forest Stewardship Council®(Códigos de licença FSC-C010303 e FSC-C010673), Carb (California Air Resources Board), entre outras, é a prova viva de que, mais do que apontar tendências na indústria moveleira, a companhia quer fazer diferença na vida das pessoas enquanto faz sua parte pela conservação do planeta.


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