Granulometria do concentrado protéico de soja da empresa foi reduzido em 40% para aumentar digestibilidade e atingir novos nichos de consumidores

A Rio Pardo Proteína Vegetal escolheu o primeiro trimestre de 2021 para apresentar um novo produto ao mercado de SPC (concentrado proteico de soja), utilizado na composição de rações. A empresa, do setor de agronegócio, diminuiu, em definitivo, o tamanho das partículas de sua principal mercadoria, em busca de mais qualidade e de mais oportunidades de negócios. A granulometria, que antes era de 700 mícrons, foi reduzida em cerca de 40%, passando para 400 mícrons. A melhoria não causará impacto no processo de produção e no custo final do produto.

Leandro Baruel, gerente de exportações da Rio Pardo, explica que a mudança foi pensada para levar mais benefícios aos clientes. “O aumento do valor nutricional é um ponto importante desta alteração. O animal é beneficiado automaticamente, pois uma granulometria mais fina garante um aumento na digestibilidade do produto. Outra vantagem é a melhora na qualidade da mistura do produto final. Temos compradores, como no mercado de suínos, que preferem um produto mais fino e homogêneo, pois fazem uma mistura com vários outros produtos também finos, como leite em pó, plasma sanguíneo e soro de leite. Estarmos em consonância nos ajuda bastante a compor o produto final”.

Para criadores de outras espécies, como as presentes na aquicultura, outra vantagem é não haver a necessidade de levar o SPC a um novo processo de moagem. “A indústria, neste caso, já moe o produto dela. Mas se eu já oferecê-lo moído, de forma mais adequada, eu dou mais recursos para o cliente utilizar o produto com mais agilidade. Quando o produto chega pronto, ele não precisa utilizar recursos próprios para fazer a moagem”, adiciona Baruel.

 

Processo de produção – O processo de produção da Rio Pardo, porém, não precisou sofrer alterações. Foi necessária apenas uma adequação do maquinário para a fabricação do novo tamanho de partícula. “Em termos de processo, para nós, na indústria, como fabricante, já atendia às nossas necessidades. Porém, optamos por essa nova granulometria para que os clientes tenham vantagens, mas sem agregar custos adicionais”, adiciona Osvaldo Neves de Aguiar, diretor da empresa.

 

Segundo Aguiar, a prospecção de novos negócios, agora passa a atingir uma parcela do mercado mais exigente quanto a uma moagem mais fina de SPC. “Nós também temos um produto de 180 mícrons, que é muito fino, parece um pó. Porém, ele é muito específico e tem um custo de produção mais alto. Muitas vezes, o que os clientes buscam é um produto que seja mais fino, mas não ‘superfino’. Algo intermediário. Certamente, agora estamos mais habilitados para estar em mercados que tenham este perfil de consumo”, completa.

Fundada em 2007, a Rio Pardo Proteína Vegetal busca ser uma referência na produção de concentrado proteico com 60% de proteína bruta, utilizado na composição de rações. Tendo a soja como matéria-prima, a empresa também fabrica óleo vegetal semi-refinado de altíssima qualidade. Com escritório comercial em Campinas (SP), sede administrativa/financeira em Joinville (SC) e unidade industrial em Sidrolândia (MS), possui, em 2021, capacidade produtiva de 10 mil toneladas de óleo e 28 mil toneladas do concentrado proteico. Os sistemas produtivos da empresa são inéditos e baseados na utilização de critérios renováveis, em consonância com os princípios de proteção e preservação ao meio ambiente. Atualmente, além de atender ao mercado interno, a Rio Pardo exporta para 13 países. A projeção é aumentar, até 2025, dez vezes a sua capacidade produtiva, saltando de 180 toneladas/dia para 1,8 mil toneladas/dia. A previsão de faturamento para 2021 é de R$ 110 milhões.

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