Profissionais do setor contam suas trajetórias e dão dicas para quem está iniciando e deseja seguir carreira no segmento
O agronegócio atualmente é o setor mais pujante da economia brasileira, se em meio a uma grande crise mundial o país continua em pé, muito se deve ao segmento, um dos poucos a avançar na pandemia. Nos bastidores desse sucesso, estão os profissionais dos setores que se prepararam e também o esforço dos produtores e empresários que investiram e investem muito em tecnologias e inovações. Entre estes profissionais destaca-se o crescimento e a presença cada vez maior das mulheres que com muita competência estão se sobressaindo e a cada dia ganham mais espaço.
Segundo a pesquisa mais recente da associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), realizada com 300 mulheres que atuam no setor de agronegócio no país, foi identificado que cerca de 30% dos cargos de gestão são ocupados pelo sexo feminino. Em cifras, o resultado chama a atenção. Tendo em vista que o agronegócio representa 25% do PIB, as mulheres desse setor da economia são responsáveis pela gestão de pelo menos 8% do PIB nacional, algo em torno de US$ 165 bilhões.
Segundo um estudo realizado pelos pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, nos últimos anos houve um aumento do número total de mulheres trabalhando no agronegócio em 8,3%. É importante lembrar que o aumento da participação feminina no agronegócio ocorreu na categoria de empregadas com carteira assinada e não na modalidade informal.
Uma das empresas que tem a preocupação de gerar oportunidades para a classe feminina é a MP Agro Máquinas Agrícolas, uma companhia jovem, que incentiva a diversidade entre seus funcionários. Ou seja, o foco na seleção não é o gênero do profissional, mas sim sua competência e formação.
Para Karen Moralles, supervisora de marketing da MP Agro que atua em agroindústrias há 6 anos, a mulher ganha cada vez mais espaço e respeito num mercado que sempre foi tradicionalmente masculino. “Assim como qualquer profissional, somos perfeitamente capazes de exercer qualquer atividade seja no campo, como as grandes mulheres produtoras, que gerenciam fazendas, seja na indústria, exercendo papéis estratégicos e técnicos”, conta.
Ainda de acordo com a supervisora, o que o mercado busca é cada vez mais profissionais multifuncionais, acostumados com a evolução das tecnologias e nisso as mulheres podem se destacar. “Trabalhar numa empresa com uma visão, missão e valores tão bem definidos e com uma cultura tão moderna e inovadora como a MP Agro, nos permite cada vez mais estarmos engajadas e motivadas a nos desenvolver profissionalmente. Além disso, poder acompanhar a trajetória de grandes mulheres do agro, operando grandes maquinários, sendo responsáveis por movimentar o setor é ainda mais motivo de orgulho e motivação”, ressalta.
Já Adriana Oliveira, engenheira e projetista na MP Agro, também acrescenta que a mulher hoje estando capacitada, pode ocupar tranquilamente qualquer cargo dentro de uma agroindústria sem restrições por seu gênero. Ainda segundo ela, é comum notar que em até alguns trabalhos mais pesados a mulher até se sobressai, pois, o cuidado que elas têm ao desempenhar essas atividades é crucial. “Nesse meio, onde não se pode ter gastos excessivos, toda redução de custos é considerável, tempo é valioso, então acredito que a mulher pode pôr em prática todo seu cuidado”, afirma.
Quebrando paradigmas – A gerente de supply chain da marca, Renata Vicentin, que também quebrou paradigmas na agroindústria, acredita que as mulheres que estão ingressando no mercado de trabalho cada vez mais preparadas e vão certamente integrar com mais força o segmento Agro. “Estamos vendo a expansão de conhecimento e quebra de paradigmas, além disso é cada vez maior o percentual da mulher em posições de liderança, com certeza por competências emocionais. Então vamos para o Agro também! Gostamos da terra, de máquinas e sabemos operar com habilidade onde desejarmos”, destaca.
Ainda segundo Renata, o engajamento a empresas que tenham cultura atrativa e congruente eliminam naturalmente essa variável “papel feminino”, mas ainda é preciso atratividade do setor e prática genuína da cultura tão referenciada pelas organizações. “Como diz Gerônimo Theml, somos causa e não consequência, podemos escolher onde atuar”, finaliza a profissional.
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