O excesso de chuva e a umidade muito elevada têm provocado prejuízos nos campos de soja de Mato Grosso. Em algumas localidades a soja está podre e o atraso na colheita no estado já é visível.

Alguns produtores optaram por abandonar a soja e plantar milho por cima. A Aprosoja-MT, já se movimenta e busca alternativas para o produtor rural. Nos próximos dias, 67 municípios produtores podem decretar emergência ou calamidade.

Por causa do tempo instável e da chuva frequente a soja está caída, podre e em outras localidades segue perdendo qualidade dia a dia. O cenário é complicado para o sojicultor de Mato Grosso.

Dados do Instituto Nacional de Meteorologia mostram que em São Felix do Araguaia já choveu 235,2 milímetros, no período entre 01/03 até 9h da manhã de hoje, dia 09 de março. Neste mesmo período, a cidade de Juína, registrou acumulado de aproximadamente 117 milímetros.

Na região de Cláudia (MT), a situação é ainda mais grave. Além da colheita comprometida, os agricultores não estão conseguindo transportar o que sai do campo. São caminhões parados em atoleiros e outros com problemas mecânicos causados pelo solo muito úmido.

 

Perda de safra 20/21 – Os produtores estão preocupados porque em muitas propriedades a perda é total, ou seja, 100% da safra. Em outras, a perda já alcança 50%. Até a última sexta-feira (05), pouco mais de 67% da área total cultivada em Mato Grosso estava colhida. O ritmo segue abaixo do registrado nesta mesma época do ano passado, quando as máquinas já tinham avançado sobre mais de 91% das plantações.

 

Previsão para os próximos dias – Até quinta-feira (11), o tempo segue instável com bastante nebulosidade e chuva a qualquer hora do dia no centro-norte de Mato Grosso e o risco de temporal é alto. Nas demais áreas do estado, o sol aparece, mas a situação é de atenção para chuva moderada a forte com raios e fortes rajadas de vento. Observe abaixo a estimativa de chuva acumulada para o período entre 09 e 13 de março:

 

Decreto de emergência – O presidente da Aprosoja, Fernando Cadore, se reuniu com secretário adjunto de Proteção e Defesa Civil, Cel BM Cesar Viana de Brun, para tratar sobre possível decreto de situações de emergência ou calamidade em municípios produtores. Durante reunião online, Cadore esclareceu que uma das preocupações dos produtores rurais é quanto ao grande volume de chuvas que tem prejudicado a colheita da soja e consequentemente o plantio do milho.

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