Com recuperação de margens e do mercado doméstico, crescimento deve seguir
Os produtores de arroz do Rio Grande do Sul – que respondem por 70% da produção nacional – podem ampliar ainda mais as exportações em 2021. Após a atratividade recuperada no mercado internacional com o câmbio valorizado e com remuneração mais favorável no mercado nacional, os produtores nacionais de arroz aumentaram as exportações: o Brasil vendeu 1,8 milhão de toneladas de arroz para o exterior em 2020, um crescimento de 26,5% em relação a 2019, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Arroz (Abiarroz). Os principais clientes brasileiros estão nas Américas: Venezuela, Cuba, Costa Rica e Estados Unidos.
“O pólo rizicultor pode aproveitar a competência do Brasil como exportador de outros produtos agro. A melhor estratégia para isso é trabalhar em duas frentes: expandir os mercados compradores de arroz beneficiado e valorizar a qualidade do produto brasileiro, para pouco a pouco ir consolidando a posição no mercado internacional”, afirma Ernani Carvalho da Costa Neto, coordenador do núcleo de agronegócio da ESPM Porto Alegre.
Para Carvalho, os prejuízos dos rizicultores nos últimos anos foram o principal obstáculo para a diversificação de mercados. “O produtor de arroz nacional teve problemas de margens de lucro nos últimos anos. Atualmente, com a valorização do produto no mercado doméstico, houve uma recuperação das margens, o que incentiva a atividade produtiva e permite mais investimentos para aumentar a competitividade tanto no mercado doméstico quanto no externo”, afirma.
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