País de Clima tropical e com terras férteis e abundantes. Essa vantagem estratégica na produção de alimentos e de fibra seria completamente perdida sem o avanço tecnológico em fitossanidade.
No caso do algodão da Bahia, a manutenção da produtividade e a qualidade da última safra, no ciclo 2019/20, estiveram diretamente relacionadas à prevenção e combate ao bicudo. Os técnicos do programa fitossanitário da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) monitoraram a praga em uma área cultivada de 313.566,4 mil hectares de algodão.
No oeste da Bahia, conseguiram apoiar os produtores a reduzir os danos e os prejuízos causados pela praga, atingindo uma produtividade média de 315 arrobas/hectare.
Monitoramento de área – Distribuídos em 18 núcleos regionais de controle – 15 no oeste e três no sudoeste da Bahia – os técnicos percorrem as áreas agrícolas para monitorar as áreas, orientar, conscientizar e sensibilizar os produtores e suas equipes técnicas para a aplicação das melhores estratégias para o manejo desta praga.
Em posse dos resultados dos índices BAS (bicudo por armadilha por semana), são produzidos os relatórios e realizados encontros, eventos, tours, presenciais ou remotos, para levar a informação mais atualizada aos produtores.
Segundo o coordenador técnico do programa fitossanitário da Bahia, o consultor, produtor e pesquisador, Celito Breda, o objetivo é mobilizar e levar a melhor informação para quem eles combatam as pragas com a maior eficiência e com menor custo, com o uso correto de defensivos, reduzindo a proliferação do bicudo e garantindo a rentabilidade na produção.
“Avançamos muito, porém temos plenas possibilidades de reduzir, em médio prazo, ainda mais os índices de bicudo e consequentemente o número de aplicações de inseticidas. Precisaremos de mais espírito de coletividade e determinação de nossas equipes e dos produtores”, reforça.
Em 2020, para garantir ainda mais adesão dos produtores, a Abapa fortaleceu a Campanha “Não ao Bicudo”. Com uma nova identidade visual e com uma rede de produtores com a comunicação fortalecida nas redes sociais, as ações se consolidaram com a adesão e respeito ao período do vazio sanitário, que abrange também a eliminação das plantas hospedeiras e tigueras dentro e fora das propriedades neste período de entressafra.
“A equipe do programa fitossanitário também se destacou pela destruição de restos culturais de algodão às margens de estradas e rodovias, possível foco da proliferação do bicudo, e promoção de blitze educativas para orientação para o transporte e envelopamento correto da carga de algodão e derivados, evitando que restos de pluma e caroços se desprendam, tornando-se vetor de proliferação da praga”, reforçou o coordenador do programa fitossanitário da Abapa, Antônio Carlos Araújo.
Para o presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi, o programa é considerado uma referência no Brasil pela união e mobilização dos produtores por meio dos núcleos de algodão, que se comprometem a seguir de forma organizada, eficiente e responsável, um plano técnico com medidas eficazes de monitoramento e controle de pragas. O projeto, segundo ele, vem minimizando o impacto negativo provocado pelas pragas e doenças na qualidade e produtividade da fibra.
“Há 15 anos, desde que foi criado, o programa fitossanitário ajuda na melhoria das condições econômicas e socioambientais dos agricultores, possibilitando a sustentabilidade da cultura do algodão na Bahia. Do resultado direto deste trabalho estão: a redução de aplicação de defensivos agrícolas, incremento da produtividade na lavoura, garantia da qualidade da fibra e maior rentabilidade para os agricultores”, reforça.
Executado pela Abapa, o Programa conta com o apoio financeiro do Fundo Para o Desenvolvimento do Agronegócio (Fundeagro) e do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA). Conheça as ações estratégicas do Programa Fitossanitário da Abapa:
- Reuniões e treinamentos periódicos com os produtores levando informações baseadas no monitoramento e diagnóstico do nível de infestação subsidiando a adoção do manejo correto de doenças e pragas no campo;
- Formação e estímulo de uma rede de compartilhamento de informações com produtores líderes nos núcleos agrícolas;
- Mobilização para destruição de soqueira e tigüeras durante o período do vazio sanitário e eliminação de restos culturais à beira das estradas vicinais e rodovias;
- Sensibilização junto aos motoristas para a armazenagem e o transporte correto de algodão e derivados, para que evitam o desprendimento de restos da pluma na rodovia e a consequente proliferação do bicudo;
- Instalação e monitoramento de armadilhas para medir o índice Bas (bicudo/armadilha/semana);
- Reuniões de diagnóstico e análise dos dados relacionados às doenças e pragas nas áreas produtivas, auxiliando os produtores e o poder público na tomada de decisões;
- Apoio operacional e logístico às pesquisas com foco no controle e combate a doenças e pragas do algodão de instituições como Embrapa, Universidade de São Paulo (Usp – Esalq), Uneb, Ufob, Aiba, Fundação Bahia, dentre outras.
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Em 2015, passou a investir ainda mais em tecnologia e inovação com a instalação do LABS Climatempo no Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP). O LABS atua na pesquisa e no desenvolvimento de soluções para tempo severo, energias renováveis (eólica e solar), hidrologia, comercialização e geração de energia, navegação interior, oceanografia e cidades inteligentes. Principal empresa de consultoria meteorológica do país, em 2019 a Climatempo uniu forças com a norueguesa StormGeo, líder global em inteligência meteorológica e soluções para suporte à decisão.
A fusão estratégica dá à Climatempo acesso a novos produtos e sistemas que irão fortalecer ainda mais suas competências e alcance, incluindo soluções focadas nos setores de serviços de energia renovável. O Grupo segue presidido pelo meteorologista Carlos Magno que, com mais de 35 anos de carreira, foi um dos primeiros comunicadores da profissão no país.
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Assessoria de Comunicação da Climatempo
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