A quinta-feira começou agitada. Os top trends de assuntos mais buscados fazem referência ao calor que predomina na maior parte do país e os preços históricos da saca de arroz, que movimenta o mercado e provoca reações dos consumidores, da indústria, produtores, tradings e do governo que já tomou uma medida (leia abaixo).

Sobre o calor: a quinta-feira promete ser um dia muito quente por quase todo o Brasil. Só ficam de fora do calorão os estados de SC e RS. Temperaturas muito elevadas voltam a ocorrer no restante do país. Os estados de MS, MT, GO, RO, TO, PA, MA, PI devem ser as áreas mais quentes no país, com temperaturas entre 37°C e 42°C .

Com relação ao arroz, os consumidores estão preocupados e nos supermercados já se observam pacotes de 5k do tipo 1 sendo vendidos entre R﹩23 e R﹩30 reais. As variedades nobres podem ficar também ainda mais caras. Qual o motivo da subida do preço do arroz nas gôndolas dos supermercados?

 

Análise do arroz – Alta do dólar, período de entressafra e aumento da demanda são alguns dos motivos para a elevação de 120% no preço do arroz nos últimos 12 meses. Levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Universidade de São Paulo (USP), mostra que o preço do arroz aumentou 120% nos últimos 12 meses. De acordo com Mauro Rochlin, economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o grande vilão é o dólar.

“A questão do cambio é fundamental”, diz o professor, explicando que a valorização da moeda americana afeta diretamente as commodities, que são os produtos vendidos internacionalmente. “As commodities têm como referência o dólar. Isso explica não só o preço do arroz, como também dos derivados de soja e outros produtos”, acrescenta.

O analista da AgroDados, Inteligência em Mercados do Arroz, Cleiton Evandro dos Santos, disse que a ruptura da oferta fez com que as associações e o varejo pedissem a suspensão da tarifa externa comum, que é uma taxa de 12% que incide sobre o arroz beneficiado e 10% sobre o arroz em casca. Mas, que em cascata são cobrados impostos um sobre os outros e, isso acaba levando a um valor de R﹩ 14,00 finais de custo e essa taxa é incidente a países de fora do Mercosul.

Como o Mercosul está com uma incidência de baixíssimos estoques, boa parte deles já comprometidos com mais de 60 países ocorre a necessidade especialmente neste ano, de adquirir produtos nos EUA e na Índia, analisa Santos.

O produtor que ainda tem arroz no seu cilo ou em depósito guardadinho está animado porque pode conseguir um preço melhor pelo produto. No entanto, boa parte dos produtores venderam o produto entre R﹩46 e R﹩60 reais, no início da safra, quando precisaram pagar os empréstimos da indústria e fornecedores via CPR. Quem vendeu depois esperando o mês de Agosto conseguiu uma vantagem grande na venda do arroz.

 

Intervenção – O Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu nesta quarta-feira (9) zerar a alíquota do imposto de importação para o arroz em casca e beneficiado até 31 de dezembro deste ano.

A redução temporária está restrita à quota de 400 mil toneladas, incidente no produtos abarcados pelos códigos 1006.10.92 (arroz com casca não parboilizado) e 1006.30.21 (arroz semibranqueado ou branqueado, não parboibilizado) da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM).

Na terça-feira (8), a ministra Tereza Cristina anunciou o pedido ao Gecex e disse que não irá faltar arroz no país. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada ao Mapa, a produção de arroz estimada para a próxima safra (2020/21) é de 12 milhões toneladas, um incremento de 7,2% em relação à safra anterior.

 

Quando o preço do arroz vai cair? – Para o economista Rochlin, uma queda significativa do preço dependeria de uma valorização do real perante o dólar. “É difícil prever o que vai acontecer com o dólar. Se houver uma estabilização ou queda, o preço das commodities cai. Mas se o dólar continuar aumentando, vai subir. Não há como prever.”

Historicamente, o preço do arroz costuma ser mais alto no segundo semestre do ano, por se tratar de período de entressafra. com os bons resultados que quem plantou arroz está obtendo, a tendência é que a produção aumente, fazendo com que a safra 2020/2021 seja maior, jogando o preço para baixo. Técnicos da Conab acreditam que, independentemente do dólar, os preços tendem a cair, mas só no começo do ano que vem.

 

Compras realizadas – Por parte da indústria já ocorreu um esforço em compras. Nesta semana forma comprados cerca de 40 mil toneladas de arroz em container que chegará aqui no Brasil no final de Outubro. Deste total, 20 mil vem da Índia a um custo aproximado de R﹩96,00 porque foi travado o dólar e outras 20 mil toneladas dos EUA irão chegar a um valor de R﹩116,00 no porto de Santos, provavelmente.

Há um outro navio que foi negociado e deve desembarcar com arroz em casca em Recife.

Com solidez de 30 anos de mercado e fornecendo assessoria meteorológica de qualidade para os principais segmentos, a Climatempo é sinônimo de inovação. Foi a primeira empresa privada a oferecer análises customizadas para diversos setores do mercado, boletins informativos para meios de comunicação, canal 24 horas nas principais operadoras de TV por assinatura e posicionamento digital consolidado com website e aplicativos, que juntos somam 20 milhões de usuários mensais.
Em 2015, passou a investir ainda mais em tecnologia e inovação com a instalação do LABS Climatempo no Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP). O LABS atua na pesquisa e no desenvolvimento de soluções para tempo severo, energias renováveis (eólica e solar), hidrologia, comercialização e geração de energia, navegação interior, oceanografia e cidades inteligentes. Principal empresa de consultoria meteorológica do país, em 2019 a Climatempo uniu forças com a norueguesa StormGeo, líder global em inteligência meteorológica e soluções para suporte à decisão.
A fusão estratégica dá à Climatempo acesso a novos produtos e sistemas que irão fortalecer ainda mais suas competências e alcance, incluindo soluções focadas nos setores de serviços de energia renovável. O Grupo segue presidido pelo meteorologista Carlos Magno que, com mais de 35 anos de carreira, foi um dos primeiros comunicadores da profissão no país.


Assessoria de Comunicação da Climatempo
(11) 3736 4501 | climatempo.com.br