Garantir uma colheita saudável, que renda bons frutos e assegure uma boa safra é sempre um desafio para a maior parte dos produtores. Isso porque, diversos fatores ambientais que influenciam na qualidade dos grãos podem trazer danos enormes que impactam direta e indiretamente nos resultados.
Uma safra má sucedida pode resultar em impactos negativos na produção de alimentos como também na economia do país. Pensando nisso, Nathália Secco, fundadora e CEO da Orchestra Innovation Center, centro de inovação para o agronegócio, separou dicas de como utilizar soluções tecnológicas para minimizar os riscos e reduzir possíveis impactos negativos causados por agentes externos. Confira!
- Sensores no campo para entender as condições climáticas: hoje já possível encontrar no mercado estações agrometeorológicas. Com esta ferramenta, é possível captar registros como velocidade e direção do vento, umidade do ar, chuvas, radiações solares e até mesmo pressão atmosférica de forma automatizada. Assim, é possível se antecipar a mudanças climáticas a fim de criar um plano estratégico com tempo hábil para sua execução, além de auxiliar no gerenciamento de suas plantações;
- Aplicação de insumos e herbicidas à taxa variável aliada à agricultura de precisão: muitas vezes é inevitável a aparição de insetos em lavouras. Por isso, os herbicidas são a solução mais viável para evitar sua propagação e evitar um estrago ainda maior. Contudo, se aplicados de maneira incorreta ou em excesso, o efeito pode ser ainda pior, causando sobrecarga no solo e contaminação de partes livres das pragas. Graças à agricultura de precisão, com a ajuda de sensores orbitais, aéreos e terrestres podemos contar com a aplicação à taxa variável de herbicidas. Essa tecnologia tem sido grande aliada do produtor por meio de sistemas de mapeamento e análises de amostragens do solo, sendo possível identificar a real necessidade de cada talhão e garantir a distribuição correta do insumo. Hoje já existem startups que trabalham exclusivamente com tecnologias voltadas a aplicações localizadas de fácil acesso em diversas regiões;
- Agricultura vertical: para sair um pouco dos espaços abertos, a agricultura de interior tem sido uma alternativa para auxiliar a produção, principalmente em regiões onde a configuração tradicional de cultivo não é sustentável, seja por espaço ou por conta do clima. Aqui, as culturas são dispostas em um ambiente fechado, em camadas verticais, com instalações que simulam condições climáticas ideais, garantindo o controle ambiental (gás, umidade e temperatura) e a luminosidade. Logo, a grande vantagem é justamente o controle por meio de softwares das “ações da natureza”, além da possibilidade de integração com outras tecnologias renováveis, como o uso de painéis solares, sistemas de captura de água e estufas, por exemplo;
- Irrigação via drones: épocas de pouca chuva são muito preocupantes e podem afetar diretamente a irrigação das culturas. Em contrapartida, para compensar a seca, alguns produtores podem utilizar métodos de irrigação arcaicos, que podem dar um efeito rebote e sobrecarregar o solo. Ainda que seja uma tecnologia nova e pouco utilizada, a irrigação via drones serve para tornar o sistema mais eficiente, driblando tanto a falta quanto o excesso de água, já que possuem sensores acoplados capazes de identificar com precisão áreas que demandam mais ou menos água e ser de grande ajuda para pequenos produtores em épocas de seca.
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