Falta de cálcio na lavoura de citros pode inviabilizar a rentabilidade do citricultor

Por Bruno Dittrich*

Cada nutriente tem sua importância para a bom desenvolvimento das plantas. E para obter alta produtividade, é recomendável uma análise cuidadosa para a aplicação correta do elemento, quantidade e período. Isso ajuda a evitar os sintomas de deficiência que tornam-se visíveis nas folhas e, em alguns casos, nas flores e frutos. Na cultura de citros, por exemplo, o cálcio deve ser aplicado em maior quantidade e, em seguida o nitrogênio, potássio e fósforo, o famoso NPK.

Citros é uma planta calcífera, ou seja, absorve uma alta quantidade da cálcio, que influencia diretamente no número de frutos por planta, teor de suco, tolerância a doenças, assim como na melhor arquitetura da planta e aproveitamento de incidência solar. O fornecimento de cálcio na forma solúvel nos momentos de maior necessidade da planta, de acordo com os picos de absorção desse nutriente, é uma estratégia importante, pois esse é um nutriente imóvel no floema. Esse manejo aumentará a quantidade de frutos por planta quando aplicado na fase pré-florescimento. Em sinergia com o boro melhorará a qualidade e teor de suco dos frutos ao ser aplicado na etapa de enchimento, fase em que o potássio também é muito importante.

As pesquisas aplicadas nas lavouras de citros mostram que a falta de cálcio nas plantações pode impactar diretamente a produtividade e diminuir a qualidade do fruto. Nesse contexto, a citricultura pode enfrentar desafios especialmente relacionados a graves doenças como o greening (HLB), conhecido popularmente como amarelão, que quando infecta não tem cura, prejudicando o desenvolvimento dos frutos. A convivência com a doença é um conjunto de estratégias de manejo e entre elas a nutrição tem importância fundamental. Para isso, o agricultor deve ter em mente que, por meio de uma nutrição adequada e demais estratégias de manejo, é possível produzir com viabilidade econômica mesmo em cenários adversos .


(*) Bruno Dittrich é engenheiro agrônomo e especialista agronômico em citros da Yara.


A Yara, líder mundial em nutrição de plantas, cultiva conhecimento para alimentar o mundo e proteger o planeta de forma responsável. Para concretizar esses compromissos, desenvolve ferramentas agrícolas digitais destinadas à agricultura de precisão e trabalha em estreita colaboração com seus parceiros em toda a cadeia de valor de alimentos. Fundada na Noruega, em 1905, para resolver a emergente crise de fome na Europa, está presente no mundo todo, com mais de 17 mil colaboradores e operações em mais de 60 países, com um objetivo comum: ser a empresa de nutrição de plantas do futuro. Em 2020, a companhia passou a adotar uma nova estrutura global organizacional, com operações direcionadas para suas unidades regionais (Américas, Europa, Ásia/África), uma unidade de Plantas Globais/Excelência Operacional, e uma nova função de Farming Solutions, refletindo maior foco no cliente.
No Brasil, a Yara está presente em todos os principais polos agrícolas – são 5 unidades de produção de fertilizantes e misturadoras em mais de 20 cidades, além de 2 escritórios corporativos. Com 5,5 mil colaboradores, a empresa busca desenvolver soluções nutricionais sustentáveis para todos os perfis de produtores e culturas, colaborando com o crescimento da agricultura e o protagonismo do país no desafio de alimentar uma população mundial crescente. Desde que se instalou no Brasil, na década de 70, a Yara vem trabalhando para fomentar a produção nacional de fertilizantes, reduzindo a dependência de importação de matéria-prima e, consequentemente, o custo final dos insumos ao produtor. A companhia também fornece soluções industriais para a redução de poluentes, melhorando a qualidade do ar das cidades.


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