Apesar da produção menor, país atingiu o segundo recorde histórico nas exportações no período

Ano-Safra 2019/20 – No ano-safra 2019/20 (julho de 2019 a junho de 2020), o Brasil exportou um total de 40 milhões de sacas de café, considerando a soma das exportações de café verde, solúvel e torrado & moído, segundo balanço do Cecafé – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil. O volume representa o segundo recorde histórico de exportações brasileiras de café para o mundo e foi i no período e teve como destaque o crescimento de 22,7% nas exportações de café robusta, na comparação com o ano-safra 2018/19.

A receita cambial na safra 2019/20 foi de US$ 5,1 bilhões, equivalente a R$ 22,8 bilhões, o que representa um aumento de 8,8% em reais em relação ao período anterior. Já o preço médio foi de US$ 128,04.

Entre as variedades embarcadas de julho de 2019 a junho de 2020, o café arábica representou 78,8% das exportações, com a exportação de 31,5 milhões de sacas; o robusta (conilon), 11,1% (4,4 milhões de sacas); e o solúvel, 10% (4 milhões de sacas).

“O desempenho das exportações do ano-safra 2019/2020 foi muito positivo e refletiu os grandes esforços de toda a cadeia do agronegócio para exportar o café brasileiro com eficiência, apesar dos desafios da pandemia nos últimos quatro meses e do ciclo baixo apresentado na safra 2018/2019. Todo o empenho da cadeia em adotar os cuidados necessários de prevenção, garantindo a saúde e proteção de todos os profissionais envolvidos, tem sido bem-sucedido e o Brasil exportou para 125 destinos e ainda registrou aumentou as vendas para países produtores. Estamos otimistas com as perspectivas de uma boa safra em curso, tanto para os cafés arábica quanto para os conilon que até o momento vem se apresentando de muito boa qualidade, e confiantes de que o mundo poderá saborear ainda mais o café brasileiro no próximo ano cafeeiro com qualidade, eficiência e sustentabilidade”, declara Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé.

 

Junho/20 – No mês de junho deste ano, o Brasil exportou 2,8 milhões de sacas de café, com receita cambial de US$ 327,5 milhões, equivalente a R$ 1,7 bilhão (aumento de 19,9% em reais em relação a junho de 2019) e preço médio de US$ 116,96.

Com relação às variedades embarcadas no mês, 66,2% das exportações foram de café arábica (1,8 milhão de sacas exportadas); 22,1% foram de café robusta (617,7 mil sacas) e 11,7% das exportações foram de café solúvel (327 mil sacas).

 

Ano civil – No acumulado do ano civil (janeiro a junho de 2020), o Brasil exportou 19,6 milhões de sacas de café, configurando, também nesse caso, o segundo recorde histórico para o período. A receita cambial gerada no período foi de US$ 2,6 bilhões, equivalente a R$ 12,6 bilhões (crescimento de 28,2% em reais em relação ao primeiro semestre de 2019). Já o preço médio foi de US$ 130,76, aumento de 4,1% na mesma base comparativa.

Entre às variedades embarcadas no semestre, 79% das exportações foram de café arábica, com 15,5 milhões de sacas embarcadas; 10,8% foram de café robusta (2,1 milhões de sacas) e 10,2% das exportações foram de café solúvel (2 milhões de sacas). Vale destacar também o aumento (de 29%) nas exportações de café robusta ante o primeiro semestre de 2019.

 

Principais destinos

    • Ano-Safra 2019/20 – No Ano Safra 2019/20, os principais destinos do café brasileiro foram, na ordem: os Estados Unidos, com a exportação de 7,8 milhões de sacas (19,6% dos embarques totais no período); Alemanha, com a exportação de 6,8 milhões de sacas (17%); Itália, com 3,3 milhões de sacas (8,4%); Bélgica, com 2,7 milhões de sacas (6,8%); Japão, com 2 milhões de sacas (5%); Federação Russa, com 1,2 milhão de sacas (3,1%); Turquia, com 1,2 milhão de sacas (2,9%); México, com 1,1 milhão (2,8%); Espanha, com 901,8 mil sacas (2,3%) e Canadá, com 869,5 mil sacas (2,2%).
      Entre os dez principais destinos, o México se destacou no período ao registrar aumento de 111,8% nas compras de café do Brasil. A Federação Russa também registrou crescimento na aquisição de café brasileiro, de 24,6%, comparado ao ano-safra 2018/19. Outros países que apresentaram aumento no consumo foram a Espanha (6,7%); EUA (3,5%) e Alemanha (1,7%).
      Já entre os continentes e blocos econômicos destacam-se o crescimento de 9% nas exportações para a América do Norte; 36,8% para a África; e 15,3% para o Leste Europeu, além do aumento de 28,6% nos embarques para os países do BRICS e de 24,8% para os países produtores de café.
    • Ano civil – Já no acumulado do ano civil (de janeiro a junho de 2020), os Estados Unidos se mantiveram no posto de principal consumidor do café brasileiro, com 3,7 milhões de sacas exportadas para o país, o que representa 19% das exportações do Brasil no período.
      A Alemanha foi o segundo país que mais consumiu café brasileiro, com 3,4 milhões de sacas exportadas e 17,1% de participação nas exportações, seguido pela Itália, com 1,7 milhão de sacas e 8,6% de participação. Os demais principais destinos foram, respectivamente: Bélgica, com 1,4 milhão de sacas (7,3%); Japão, com 969,9 mil sacas (4,9%); Federação Russa, com 655,8 mil sacas (3,3%); Turquia, com 610,2 mil sacas (3,1%); Espanha, com 486,5 mil sacas (2,5%); México, com 427,8 mil sacas (2,2%); e Canadá, com 407,1 mil sacas (2,1%).
      Os países que registraram maior crescimento no consumo de café brasileiro no ano civil até agora, comparado ao primeiro semestre de 2019, foram o México, com aumento de 63%; Federação Russa (30,1%); Bélgica (16,2%); e Espanha (10,9%).
      Entre os continentes e blocos econômicos destacam-se o crescimento de 1,7% nas exportações para a América do Norte; 15,6% de crescimento dos embarques para a América do Sul; 38,8% para a África; 55,3% para a América Central; e 21,3% para o Leste Europeu. Destacam-se ainda o crescimento de 30,9% nos embarques para os países do BRICS e de 40,6% para os países produtores de café.

 

Cafés Diferenciados

    • Ano-Safra 2019/20 – O Brasil exportou, no ano-safra 2019/20, 6,8 milhões de sacas de cafés diferenciados, que representaram 17% de participação no volume das exportações no período.
      Os dez principais destinos de cafés diferenciados no período, que representam 78,7% dos embarques do tipo de café, foram: Estados Unidos (1,5 milhão de sacas), Alemanha (880,8 mil sacas), Bélgica (640,4 mil sacas), Itália (640 mil sacas), Japão (610,7 mil sacas), Reino Unido (241 mil sacas), Canadá (218,8 mil sacas), Espanha (201,7 mil sacas), Finlândia (188,3 mil sacas) e Suécia (186,5 mil sacas).
    • Ano civil – Já no acumulado do ano civil (de janeiro a junho 2020) foram exportadas 3,2 milhões de sacas de cafés diferenciados, que representaram 16% de participação no volume das exportações no período.
      Nesse caso, os principais destinos, responsáveis por 78,5% dos embarques de cafés diferenciados no período, foram: Estados Unidos (565,9 mil sacas), Alemanha (456,6 mil sacas), Bélgica (388,5 mil sacas), Japão (294,9 mil sacas), Itália (238,4 mil sacas), Espanha (140,8 mil sacas), Reino Unido (128,7 mil sacas), Suécia (94,9 mil sacas), Canadá (85,4 mil sacas) e Coréia do Sul (81 mil sacas).

 

Portos de embarque

    • Ano-Safra 2019/20 – No Ano Safra 2019/20, os portos de Santos concentraram a maior parte das exportações, com 79,2% do volume embarcado (equivalente a 31,6 milhões de sacas). Na sequência está o Rio de Janeiro, com 12,7% dos embarques (5,1 milhões de sacas) do período.
    • Ano civil – De janeiro a junho de 2020, os portos de Santos também seguiram na liderança como via de escoamento do café com 80,6% do volume embarcado a partir deles no período (equivalente a 15,8 milhões de sacas). Já o Rio de Janeiro ocupou a segunda posição, com 12,2% dos embarques (2,4 milhões de sacas).

Para mais informações, o relatório completo das exportações de café referente ao encerramento do Ano Safra 2019/20 e ao mês de junho está disponível  no site do Cecafé.


Fundado em 1999, o Cecafé – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – representa e promove ativamente o desenvolvimento do setor exportador de café no âmbito nacional e internacional. A entidade oferece suporte às operações do segmento por meio do intercâmbio de inteligência de dados, ações estratégicas e jurídicas, além de projetos de cidadania e responsabilidade social. Atualmente, possui 120 associados, entre exportadores de café, produtores, associações e cooperativas no Brasil, correspondendo a 96% dos agentes desse mercado no país.


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