Projeto está entre os três primeiros colocados de um Hackathon promovido pela Assespro-PR e será acelerado.
Um ambiente virtual para negócios de pequenos agricultores, um sistema de liberação de entradas mediante higienização das mãos e um aplicativo de controle de medicação para pacientes de doenças crônicas. Estas foram as três primeiras colocadas do Hack pelo Futuro – um hackathon organizado no Paraná com o objetivo de propor soluções em tecnologias da informação para a crise decorrente da pandemia de Covid-19.
Ao todo, o hackathon envolveu 800 participantes e 230 mentores, distribuídos em 124 equipes de vários países do mundo, que se dedicaram ao desenvolvimento dos projetos. No final, 66 equipes conseguiram concluir os desafios. As três vencedoras do Hack pelo Futuro foram anunciados em conferência virtual (webinar). Confira quem foram:
- AGRICULTURA: O “AgroSimples” trata-se de um marketplace: plataforma na internet para comércio de bens e serviços. A solução desenvolvida no hackathon é direcionada a pequenos produtores de hortifrúti. Por meio desse ambiente virtual, são feitas negociações de vendas e também pagamentos. É uma forma de ampliar as possibilidades de negócios, com menores custos – e, no atual contexto de pandemia, garantindo ainda isolamento social. “Aprendizado” foi como Rafael Duarte de Salvi, resumiu sua participação e a da equipe no Hack pelo Futuro.“Estou muito feliz com o resultado”.
- SAÚDE: A solução consiste na instalação de recipientes com álcool gel conectados a uma tecnologia de liberação de portas. Para entrar em um recinto, a porta só se abre quando a pessoa utiliza o recipiente para a limpeza das mãos. Um protótipo já funciona no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), local onde a estudante de Medicina Isadora Busto Silva e sua equipe, que desenvolveram a solução, estudam. “É um projeto voltado a empresas em geral. Além de prevenção em saúde, reverte-se em menores gastos com tratamentos de doenças evitáveis com hábitos básicos de higiene”, afirmou Isadora.
- FARMÁCIA: O “Farmácia Já” foi pensando para ser utilizado sobretudo por pacientes de doenças crônicas, que dependem de medicamentos de uso contínuo. A estudante de Farmácia Ana Maria de Melo, representando a equipe, explicou que o intuito é enfrentar a falta de adesão de pacientes ao tratamento. O aplicativo envia notificações lembrando do horário para se medicar, e rastreia farmácias mais próximas e com menores preços no mercado. Ana Maria contou que nunca tinha participado de um hackathon. “Foi gratificante, uma experiência desafiadora”.
POTENCIAL – O Hack pelo Futuro foi promovido pela Associação das Empresas de Tecnologias da Informação do Paraná (Assespro-PR) em conjunto com o Governo do Estado e operação da startup Panic Lobster. Os três primeiros colocados ganharam, como prêmio, vaga para acelerar o projeto na Founder Institute – um dos apoiadores do hackathon online.
Para o presidente da Assespro-PR, Adriano Krzyuy, não apenas os projetos vencedores têm potencial para serem viabilizados. Na webinar de encerramento do Hack pelo Futuro, o dirigente colocou a Assespro-PR à disposição para auxiliar no que for possível. Observou, por exemplo, que a entidade é correspondente da Fomento Paraná – a agência do governo estadual de financiamento do setor produtivo.
“As portas da Assespro-PR estão abertas. E todos os projetos ficarão disponíveis no site do Hack pelo Futuro, para consulta. São soluções que podem ser colocadas em prática já”, salientou Adriano Krzyuy, que enalteceu ainda o envolvimento de todos os participantes. “Foi um evento de muito aprendizado. É a sociedade que ganha”.
O superintendente geral de Inovação do Governo do Paraná, Henrique Domakoski, assegurou que todas as ideias apresentadas no Hack pelo Futuro serão analisadas pelo poder público estadual. “Vivemos um momento de quebra de paradigmas. A melhor forma para enfrentar esse momento é construir. E essa foi a pegada desse hackathon. O desafio agora é buscar investidores para colocar as ideias em prática.”
PARTICIPAÇÕES – O Hack pelo Futuro foi lançado em abril e suas atividades concentraram-se até o início de maio. Participaram estudantes, acadêmicos e profissionais do mercado, não só do Paraná como de outras partes do Brasil, de países da Europa, da América Latina, além dos Estados Unidos e Canadá.
As equipes ficaram encarregadas de pensar, propor e desenvolver soluções em quatro áreas: Saúde, Sociedade, Economia e Cultura. Segundo Tiago Gavassi, CEO e fundador da Panic Lobster, o hackathon online abriu as portas para revelar grandes talentos e plantar a semente do empreendedorismo como alternativa nessa crise atual. “Pelo menos 80% do times nunca tinha participado de um hackathon e a experiência foi incrível. Apresentamos a metodologia de lean startup de uma forma muito clara e prática, para ajudá-los a tirar a ideia do papel, criar um protótipo rápido e ir para o mercado validar a solução criada. Eles tiveram que pensar e desenvolver rapidamente um produto ou serviço que trará impacto para a sociedade, um aprendizado que eles utilizaram no hackathon mas que também levarão para dentro de suas empresas e outros projetos”, finaliza Gavassi.
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