Nessa época de pandemia de Covid-19 vários setores estão tendo que se adaptar às mudanças e, principalmente, ao que se convencionou chamar “o novo normal”. A Rede Solidária de Mongaguá surge justamente neste período de pandemia a fim de que a produção agrícola e a comercialização continuassem e contou com a participação e apoio de membros do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural – CMDR, Prefeitura de Mongaguá e da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do Escritório de Desenvolvimento Rural de São Paulo – EDR/SP. Uma outra expectativa da Rede é a de continuar esta forma de comercialização mesmo após o período de isolamento social, no sentido uníssono de valorizar a produção local, fortalecer a economia do município e estreitar os laços de amizade, confiança e respeito entre as pessoas envolvidas.
Segundo dados do Levantamento de Unidades de Produção Agropecuária (LUPA), da Secretaria, o município de Mongaguá possui cerca de 60 imóveis rurais ocupando uma área aproximada de 1.700 hectares, dos quais parte são destinados à preservação dos recursos naturais e outros são para cultivos de banana, pupunha, palmito, chuchu, milho, cará, inhame, mandioca, hortaliças diversas e outras frutas, além de criações de aves para postura e piscicultura, principalmente. Desta forma, a produção agrícola do município contribui com a economia local, a qual tem o turismo como principal setor. No censo de 2019 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município contava com 56.702 habitantes e estima-se que no meio rural deva contar, atualmente, com cerca de 247 habitantes.
Em função do surto epidêmico da Covid-19, já estamos vivendo de forma diferente, um novo normal, ou seja, tomamos todo o cuidado de evitar aglomerações e manter isolamento social como meio de conter o seu avanço. Diversos setores da economia sofreram redução de vendas, bem como de fornecimento de matérias primas. O setor rural, como outros, não ficou ileso, está sofrendo adaptações, como por exemplo, a entrega de kits de alimentos às crianças das escolas públicas, já que as aulas estão suspensas juntamente com a merenda escolar. Entretanto, até essa medida ter sido regulamentada, homologada e executada, o agricultor já havia perdido considerável volume de frutas, hortaliças, entre outros produtos perecíveis.
Para contornar esta situação surgem alternativas inovadoras de comercialização que contemplam os chamados “circuitos curtos”, ou seja, quando o local da produção está próximo do consumidor, portanto, não há deslocamentos longos do que é produzido. Além das formas que contemplam esta modalidade de venda, como feiras do produtor rural, grupos de consumo (entrega de cestas) e CSA – Comunidade que Sustenta Agricultura, há também a formação das Redes Solidárias. Esta última em especial, foi elaborada agora em abril em Mongaguá com agricultores, pescadores, indígenas e prestadores de serviço do próprio município.
Na última reunião do CMDR, realizada por videoconferência no dia 9 de abril, foi discutida, aperfeiçoada e aprovada a REDE SOLIDÁRIA DE MONGAGUÁ, tendo o lançamento e divulgação previstos para o dia 14 próximo. A Rede também conta com um Grupo Público no Facebook onde tanto produtores e outros profissionais, quanto consumidores poderão interagir e realizar seus negócios. A REDE SOLIDÁRIA DE MONGAGUÁ tem sete participantes e possui um enfoque na produção rural e agroecológica, mas também conta com a oferta de outros gêneros alimentícios como pescados, artesanato indígena, mel e derivados, panificação, tortas, bolos, doces diversos, terra adubada, remoção de enxame, mudas de diversas plantas frutíferas e ornamentais e serviços de jardinagem. Os interessados em participar do grupo para vender ou oferecer serviço, devem contatar Marlene Souza Zertus (13-99606-0539).
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Assessoria de Comunicação
Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo