Neste ano safra 2018/2019, a falta de chuva, principalmente no mês de janeiro, afetou o desenvolvimento da soja na Bahia. Na fase de enchimento do grão, a falta de chuva impactou no tamanho do grão que traz agora um reflexo negativo para a colheita e impacta na produtividade da oleaginosa.
De acordo com a AIBA – Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia, a soja é o carro chefe da produção agrícola do Oeste da Bahia, ocupando mais de 65% da área total cultivada na região. Atualmente, a soja do oeste baiano corresponde a cerca de 5% da produção nacional e a 58% da produção do Nordeste. A estimativa é que a safra atual tenha uma perda de 20% em relação a safra passada.
No decorrer desta quinta-feira, 19 de março, chove em todas as regiões do Nordeste e em diversas áreas da Bahia pode ter chuva com moderada a forte intensidade. O outono começa nesta sexta, 20 de março, à 00h50, hora de Brasília, e termina em 20 de junho, às 18h44 (Brasília).
Hoje é dia de São José (19 de março) e na crença dos nordestinos, se chove no dia de São José, então o “inverno” (período mais chuvoso do ano) terá chuva farta. O outono é época de muita chuva em grande parte do Nordeste.
Agropecuária brasileira – A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) afirmou que a agropecuária brasileira segue produzindo com êxito e abastecendo o mercado. “O Brasil é um grande celeiro, produtor de alimentos, e não precisamos ter nenhuma expectativa negativa de que não teremos alimentos para nosso povo”, afirmou, referindo-se às mudanças na rotina dos brasileiros, impostas pela pandemia do coronavírus.
A ministra ressaltou, que a população deve se manter tranquila em relação à oferta de produtos alimentícios no varejo e elogiou os produtores rurais. “São os nossos heróis, que neste momento estão lá (no campo) dando duro, produzindo e realizando a maior safra colhida neste país, batendo recorde um sobre o outro para alimentar nossa população”.
Estimativa de safra – A estimativa da safra de grãos 2020/2021 deve ser de 251,9 milhões de toneladas, 4,1% acima da colheita passada, segundo levantamento divulgado no último dia 10 pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), ligada ao Mapa.
Monitoramento de rotina feito pelo Ministério não vislumbra qualquer indício de problema no abastecimento de produtos alimentícios no país. Além do trabalho do produtor no campo, Tereza Cristina disse que o desempenho positivo registrado atualmente pela agricultura brasileira se deve à ciência e tecnologia desenvolvida principalmente pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Mapa.
Convênio – Um convênio foi assinado com a Financiadora de Estudos e Pesquisas (Finep), instituição vinculada ao MCTIC, acordo que visa identificar convergências de atuação entre as duas partes que estimulem a incorporação de inovações desenvolvidas pela Embrapa na estratégia de empresas. Essa ação deverá fortalecer os parceiros privados da Embrapa com financiamento da Finep, propiciando a expansão de suas tecnologias para o mercado.
O presidente da Embrapa, Celso Moretti, destacou que a agricultura brasileira é “movida à ciência” e que, nessas últimas quase cinco décadas, o Brasil deixou de importar para ser um dos maiores produtores e exportadores. “Hoje nós alimentamos sete Brasis e só tivemos isso porque o país tomou a decisão de investir em ciência”.
Ele observou que essa cooperação irá trazer maior proximidade do setor privado com a pesquisa e disse que, desde janeiro de 2019, seguindo orientação da ministra Tereza Cristina, a empresa tem desenvolvido um trabalho firme para estreitar essa aproximação. “Saímos de 6% de projetos da carteira em parceria com o setor privado e quase quadruplicamos, quase 20%”.
O ministro Marcos Pontes (MCTIC) disse que a parceria tem uma “importância gigantesca para o país” e que ter uma empresa como a Embrapa é motivo de grande orgulho para os brasileiros. “Por todo esse trabalho que tem sido feito no desenvolvimento do agronegócio; por tudo que isso representa para o país e para o planeta em termos de segurança alimentar. E isso é feito através da ciência”, afirmou.
Pelo acordo, serão destinados R$ 100 milhões em recursos reembolsáveis para contratações nos próximos dois anos. As empresas poderão acessar a linha de financiamento reembolsável do Programa Finep Conecta, que oferece condições vantajosas para empresas que investem em Pesquisa e Desenvolvimento em parceria com Instituições de Ciência e Tecnologia.
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