A pesquisa pode ajudar empresas do agronegócio a traçarem estratégias de comunicação mais assertivas para o seu público-alvo

Mulheres conectadas, que acessam meios de comunicação muitas vezes ao dia para se informar, buscam cursos de capacitação e realizam compras on-line. Esse é o perfil das mulheres do agronegócio, detalhados na pesquisa “Hábitos de Mídia das Mulheres do Agro”, elaborada pela jornalista Lilian Munhoz, apresentadora do Canal Terraviva, como trabalho de conclusão de curso do MBA em Agronegócios da Esalq/USP, juntamente com a economista Juliana Chini, que foi orientadora do projeto.

Com 31 questões, a pesquisa reúne a opinião de 658 mulheres do agronegócio, com idade entre 18 e 61 anos, e atuação nas mais diversas áreas do setor produtivo, dentro e fora da porteira.

Dentre as redes sociais mais utilizadas pelas mulheres do agronegócio, a liderança fica por conta do WhatsApp (97,4%), seguida do Instagram (86,3%), Facebook (62,8%) e LinkedIn (31,9%). Sobre a frequência de atualização, 43,6% das mulheres acessam meios de comunicação mais de três vezes por dia para se informar e se atualizar.

A maioria das mulheres que utiliza o WhatsApp (47,2%) considera que o conteúdo recebido via vídeo, foto ou áudio é confiável. No entanto, para 20,1% delas, a maioria do que recebem pode ser considerado Fake News.

A pesquisa abrangeu todas as regiões do país, concentrando o maior número de participantes no sudeste (32,2%), centro-oeste (30,7%) e sul (18,4%). A maioria das mulheres (42,1%) tem curso de graduação e grande parte (36,9%) têm pós-graduação.

 

Capacitação e mídias – Quando o assunto é participação em palestras, eventos e congressos voltados às mulheres do agro, 36,8% das mulheres do agro nunca estiveram em um evento exclusivamente para este público.

Em relação aos canais de TV, 56,1% delas responderam que, pelo menos uma vez por semana, assistem canais segmentados do agronegócio.

Ao serem questionadas sobre o interesse pelos anúncios de produtos por meio dos veículos de comunicação, 37% delas disseram que prestam atenção nos anúncios e vão atrás de mais detalhes, mas 32,9% raramente prestam atenção nos anúncios.

 

Cursos e compras on-line – A modalidade de capacitação via cursos a distância vem crescendo no Brasil. Na pesquisa, 52% das mulheres disseram que sempre fazem cursos online. Quando o assunto é compras pela internet, as mulheres do agronegócio também crescem nesse quesito, já que 65,9% delas sempre consomem produtos via internet, principalmente para consumo pessoal.

 

Sucessão Familiar – As mulheres que participaram da pesquisa também puderam compartilhar suas histórias – se os pais são ou foram produtores rurais e como se atualizavam. Grande parte delas se considera parte de uma geração mais conectada e desejam que os filhos sigam caminho no agro, embora a maioria afirma que eles próprios tomarão a decisão.

 

Próximos passos – A pesquisa colheu dados entre março e julho de 2019 e foi finalizada em dezembro do ano passado. As autoras agora estão em busca de parcerias com entidades do agro, por isso os resultados completos não foram divulgados. “A pesquisa traz dados muito ricos sobre o nosso universo e pode ajudar a intensificar a comunicação entre as mulheres do agro, empresas e associações representativas”, afirma Lilian Munhoz. “A pesquisa pode ajudar empresas do agronegócio a traçarem estratégias de comunicação mais assertivas para o seu público-alvo”, complementa Juliana Chini.


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