Novas tecnologias de trigo aproveitam a planta inteira na produção de silagem, pré-secado e para o pastejo. Novidades serão apresentadas na Agroleite entre 13 e 17 de agosto, em Castro (PR)

A cidade de Castro, na região dos Campos Gerais do Paraná, recebe a partir da próxima terça-feira (13) a 19ª edição de um dos eventos mais completos do setor leiteiro do país – a Agroleite. O evento, que é uma feira agropecuária voltada para o setor leiteiro, segue até o próximo sábado (17) com a exposição de várias tecnologias, palestras e fóruns técnicos. A utilização do trigo como fonte alternativa de proteína na dieta do rebanho será um dos destaques nesta edição da Agroleite.

Segundo o gerente de novos negócios da Biotrigo Genética, Jorge Stachoviack, a empresa de melhoramento genético desenvolveu cultivares de trigo exclusivas para alimentação animal com a proposta de ampliar a oferta de alimentos no período de transição entre o final do verão, início do outono e ao longo do inverno. “Sempre foi um grande desafio para o pecuarista de leite produzir alimento no inverno quando as opções reduzem, a dieta fica prejudicada e o custo dos alimentos conservados aumenta muito. Porém são poucas as culturas e tecnologias que podem ser semeadas precocemente e que persistem na lavoura por mais tempo. Para atender essa demanda reprimida, foram criadas tecnologias com o aproveitamento da planta inteira de trigo na produção de silagem, pré-secado e ainda para pastejo”, comenta.

 

Cultivares de trigo exclusivas para alimentação de gado de corte e de leite serão apresentadas na Agroleite 2019. © Biotrigo

Para pastejo – Exclusivamente para pastejo, a opção é a cultivar Lenox, material de ciclo tardio, com um forte perfilhamento e enraizamento muito agressivo. O produtor de leite e veterinário Tiago Corazza, de Alto Alegre (RS) testou a cultivar nesta safra de 2019 e comenta os resultados com o material. “Semeamos o Lenox no final de março e até agosto fizemos já sete cortes nesta área. Certamente esse produto dará mais dois ou três cortes até o final do mês”, relata. Tiago ressalta ainda as vantagens econômicas do trigo para pastejo. “O custo benefício dele já se pagou a partir do terceiro corte praticamente, pela produção de leite que ele aumenta devido a qualidade da pastagem”.

Jorge ressalta outras diferenciais da cultivar. “Possui alta produção de matéria verde com excelente qualidade nutricional e uma alta palatabilidade. Também possui excelente resposta a adubação nitrogenada, alta capacidade de rebrota, bem como suporta alta pressão de pastejo e pisoteio. A recomendação de plantio de Lenox é para o início de março, tornando-o um material que se encaixa muito bem no sistema do produtor”, explica.

 

Para silagem e pré-secado – Um outro produto que a Biotrigo apresenta na Agroleite 2019 é a linha Energix, composta pelas cultivares Energix 201 e Energix 202, trigos exclusivos para produção de alimento conservado (silagem ou pré-secado). “A origem desta nova linha de trigos vem da combinação das cultivares TBIO Energia I e TBIO Energia II. O TBIO Energia I já é conhecido por parte dos pecuaristas pelo excelente volume de produção (25 a 30 T/ha de MV) e o Energix vem agora com o mesmo potencial de produtividade, porém com mais precocidade e equilíbrio nutricional”, ressalta Jorge.

Conforme Jorge, a silagem de trigo pode substituir até 100% do volumoso para gado de corte, confinado, novilhas e vacas em pré-parto. Para vacas leiteiras de alta produção, até 60% do volumoso. Para o pré-secado, é uma excelente opção de alimento para vacas lactantes de alta produtividade e gado de corte, contribuindo como ótima fonte de proteína e energia, associado a alta digestibilidade, sendo convertido em leite e ou carne O Energix 201 é indicado para as regiões de VCU (Valor de Cultivo e Uso) 1 e 2 dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, e o Energix 202 contempla além das regiões de VCU 1 e 2 (RS, SC e PR), as regiões de VCU 3 e 4 dos estados do Paraná, São Paulo e Minas Gerais.

A produção de leite na propriedade da família Schmatz, também de Alto Alegre, é uma tradição há mais de 30 anos. Eduardo Schmatz toca os cuidados com o seu rebanho há dez anos, controlando tudo que produz dentro da sua propriedade e a alimentação dos animais é sua maior preocupação e também seu maior investimento. De acordo com o produtor, trazer novas tecnologias para dentro da propriedade, investir em bons materiais para silagem e pastagem, fazendo o manejo correto sempre vai trazer um retorno positivo. “Estamos produzindo o trigo para silagem TBIO Energia há duas safras e quando comparamos com outros materiais que utilizamos antes a silagem de trigo, tivemos melhores resultados”, relata.

Fundada em 2008, a Biotrigo Genética é uma empresa brasileira que traz na bagagem um programa de melhoramento genético com mais de duas décadas e vêm incorporando as mais modernas tecnologias às cultivares Biotrigo (TBIO), com o objetivo de levar qualidade, tecnologia, segurança e maiores rendimentos ao produtor e a toda cadeia. Localizada em Passo Fundo, região Norte do Rio Grande do Sul, e com filial em Campo Mourão, no Paraná, a empresa atende a diversos estados do território brasileiro, além de exportar tecnologia para países do Mercosul e América do Norte. Atualmente, é detentora de aproximadamente 70% de market no Brasil.


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