Por que a carne suína deveria fazer parte da rotina dos brasileiros
Qual é a primeira lembrança que você tem quando o assunto é carne suína? De todas as opções do mercado, com que frequência a carne suína está presente em seu prato? Se alguém lhe tivesse dito há dez anos que um restaurante em São Paulo, cuja estrela maior é o porco, estaria hoje entre os 50 melhores do mundo, você acreditaria?
Mesmo sendo o quarto maior produtor e o quarto maior exportador de carne suína do mundo, esta relevância ainda não é uma realidade nos hábitos de consumo dos brasileiros. No ranking mundial, ocupamos a 23ª posição, o que mostra que ainda temos muito a crescer para que o suíno passe a fazer parte da rotina dos brasileiros. Para Lívia Machado, Diretora de Projetos e Marketing da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), o principal motivo é o preconceito. “As pessoas ainda têm na cabeça o modelo de criação de suínos como há 50 anos. E neste período passamos por grandes transformações sanitária e tecnológica, o que nos colocou nesta posição no mercado”, disse.
“O consumidor não acompanhou a evolução do setor, que também não soube comunicar isso a ele. Este é um dos nossos grandes desafios – a mudança de percepção do consumidor em relação à carne suína, que passou por um processo produtivo profundo”, explica Lívia.
“Estes avanços na produção de suínos estão diretamente relacionados à sanidade e ao desenvolvimento de vacinas e à adoção de novas tecnologias direcionadas à atividade”, lembra Renato Verdi, Diretor da Unidade de Aves e Suínos da Zoetis.
Como o progresso aconteceu em todas as áreas – produção, industrialização e comercialização – a qualidade da carne também é um ponto a ser destacado. “A alimentação é de altíssimo padrão, o manejo deste animal segue rigorosas normas humanitárias e de bem-estar, e a sanidade é gerenciada de maneira criteriosa, o que garante uma melhor qualidade da carne”, reforça Evandro Poleze, Diretor da Unidade de Negócios Vivax da Zoetis.
Para o nutrólogo e cardiologista Daniel Magnoni, é preciso desmistificar alguns pontos relacionados à carne suína. “O que podemos destacar como verdade é que é uma carne rica em ferro, em vitamina B12, em zinco e selênio, é pobre em gordura saturada e tem alto valor nutricional, e que não há qualquer contraindicação para o consumo”, diz. “Que se trata de uma carne muito gordurosa, que causa arteriosclerose e cisticercose são mentiras ainda divulgadas a respeito deste alimento”, completa.
O médico destaca ainda como uma grande vantagem o fato de a carne suína ter menor teor de gordura saturada em relação à carne bovina, por exemplo. “É claro que esta comparação deve ser feita com cortes semelhantes a cada tipo de carne. E que evitar o excesso é a recomendação para tudo quando se fala em alimentação equilibrada”, diz Magnoni.
Mais carne suína – Criado em 2005 pela ABCS com o apoio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS), o Programa “Escolha + carne suína” tem como objetivo mudar o cenário de consumo da carne suína por meio de um trabalho conjunto, que vai da produção à comercialização do produto. “Esta é uma ação que atua em três áreas – produção, indústria e comercialização. Em produção, promovemos treinamentos e palestras para garantirmos que as boas práticas de manejo sejam realizadas; na indústria, as ações são direcionadas ao transporte e ao processamento da carne e também ao aprimoramento de cortes; já na comercialização, nosso trabalho se direciona a multiplicadores como nutricionistas, chefs de cozinha, açougueiros, universidades, consultórios e restaurantes. Atuamos ainda em feiras agrícolas e gastronômicas”, explica Lívia Machado.
Além de todo este trabalho, o Projeto traz também o site Mais Carne Suína. Direcionado ao consumidor, com informações e receitas. “Com ele, queremos mostrar às pessoas todas as vantagens e a versatilidade desta carne para que seja presença constante na mesa do brasileiro”, finaliza Lívia.
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