Tecnologias de integração lavoura-pecuária proporcionam maior aproveitamento na área de inverno, na engorda de boi e na produção de leite
Uma nova tecnologia de trigo voltada exclusivamente para o pastejo tem proporcionado ganhos interessantes entre produtores que utilizam o sistema integração lavoura-pecuária. A cultivar Lenox, do portfólio da Biotrigo Genética, está entre as novidades apresentadas para alimentação animal no Agroleite 2018. A maior vitrine da tecnologia do leite no Brasil, acontece na Cidade do Leite e Parque de Exposições Dario Macedo, em Castro/PR, entre 14 e 18 de agosto. O estande da Biotrigo está localizado na 4º Avenida, próximo a Casa do Produtor Castrolanda.
Quem testou o trigo foi o pecuarista Darci Munzlinger, de Palmitos/SC. Além dos bons resultados na lavoura e na produção do leite, ele vê ainda como uma grande vantagem ter uma opção de alimentação no inverno e contribuir na alimentação do seu rebanho nesta época onde há escassez de pastagens naturais. “Esse trigo tem um rebrote bastante rápido, não acama, tem um perfilhamento bom e está com uma qualidade acima das outras pastagens que a gente já trabalhou. As vacas têm pastejado bem, tem dado preferência ao trigo e deixando a aveia para trás. O resultado no resfriador já foi de um aumento de um litro e meio, mas deve aumentar mais pois estamos apenas no segundo rebrote”, relata Darci.
Éderson Luis Henz, zootecnista da Biotrigo Genética, explica que capacidade de rebrota da cultivar de trigo Lenox proporciona novos pastejos em poucos dias, com intervalo entre 20 a 25 dias. “O Lenox, com bom manejo pós-pastejo é capaz de superar 4 cortes com alta carga animal em sistemas de pastejo rotacionado ou contínuo”, comenta. Com o seu crescimento prostrado, o trigo tem potencial de chegar a uma taxa de acúmulo diário de até 100 kg de matéria seca por hectare.
Uma outra cultivar de trigo é indicada para silagem e pré-secado. Ao contrário do trigo para pastagem, o TBIO Energia I é uma planta de um corte só, ou seja, não é um trigo duplo-propósito e não rebrota. O grande diferencial da planta é que não possui aristas, o que facilita a digestão do alimento. De acordo com o zootecnista, a cultivar também é uma boa alternativa para os pecuaristas. “O produtor produz o pré-secado entre 80 e 90 dias e a silagem entre 110 a 120 dias pós semeado no período do inverno, liberando áreas mais cedo para as culturas de verão. Ou seja, é uma cultivar que favorece o planejamento de disponibilidade de alimento durante o ano”, ressalta Henz. A silagem do TBIO Energia I pode substituir até 100% do volumoso para gado de corte, confinado, novilhas e vacas em pré-parto. Para vacas leiteiras de alta produção, até 60% do volumoso. Para o pré-secado, é uma excelente opção de alimento para vacas lactantes de alta produtividade e gado de corte, contribuindo como ótima fonte de proteína e energia, associado a alta digestibilidade, sendo convertido em leite e ou carne.
Fernando Stédille, pecuarista de Coxilha/RS, já produziu a silagem e atestou seus benefícios. Ele retirou da dieta a palha de trigo, diminuiu a silagem de pré-secado de azevém e adicionou a silagem de trigo. Para as novilhas foi fornecido 50% de silagem de milho e 50% de silagem de trigo. Segundo o produtor, os animais se adaptaram muito bem a silagem de trigo e aumentou a produção de leite em mais 1 litro ao dia. “A silagem de trigo tem muitas vantagens, mas eu acho que a maior foi facilitar e muito a mão-de-obra, além de termos reduzido em torno de 5% no custo na confecção da silagem”, disse.
Fundada em 2008, a Biotrigo Genética é uma empresa brasileira que traz na bagagem um programa de melhoramento genético com mais de duas décadas e vêm incorporando as mais modernas tecnologias às cultivares Biotrigo (TBIO), com o objetivo de levar qualidade, tecnologia, segurança e maiores rendimentos ao produtor e a toda cadeia. Localizada em Passo Fundo, região Norte do Rio Grande do Sul, e com filial em Campo Mourão, no Paraná, a empresa atende a diversos estados do território brasileiro, além de exportar tecnologia para países do Mercosul e América do Norte. Atualmente, é detentora de aproximadamente 70% de market no Brasil
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