No terceiro mês deste ano, receita cambial atingiu US$ 396,2 milhões

O Brasil exportou, em março, um total de 2.523.719 sacas de café, com receita cambial de US$ 396,2 milhões. O volume de café exportado teve uma queda de 11% em relação ao mesmo mês do ano de 2017, embora tenha apresentado crescimento de 1% se comparado a fevereiro deste ano. Os dados são do relatório divulgado pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).

Entre as variedades embarcadas no mês, o café arábica representou 84,5% do volume total de exportações (2.132.973 sacas), seguido pelo solúvel, com 13% (327.424 sacas), e robusta, com 2,5% (62.807 sacas). Vale destacar que a exportação de café robusta teve um crescimento de 204,5% em relação a março de 2017 e aumento de 133% em relação ao mês anterior deste ano (fevereiro de 2018).

“No mês de março, tivemos uma boa exportação, acima dos 2,5 milhões de sacas, configurando um desempenho justo, alinhado ao que havíamos previsto. O mercado está otimista e já de olho na próxima safra devido às boas condições climáticas nas regiões produtoras” declara Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé.

Já no acumulado do ano civil (de janeiro a março de 2018), o Brasil registrou um total de 7.739.493 sacas exportadas, queda de 4,1% na comparação com o mesmo período do ano passado. A receita cambial também teve um declínio, alcançando US$ 1.233,1 milhões.

“É importante mencionar que o café mantém uma performance positiva mesmo em cenários adversos, como os anos de 2008, 2010 e 2014. Isso acontece, principalmente, porque o café é mais do que uma bebida; trata-se de um produto com sabor sem igual, que promove momentos de socialização entre os consumidores. A tendência de crescimento do consumo mundial na média de 2% ao ano se mantém e a boa reputação do café brasileiro garante que esteja sempre com uma demanda atraente”, acrescenta Carvalhaes.

 

Principais destinos – No primeiro trimestre de 2018, Alemanha e EUA seguem ocupando o primeiro e segundo lugar no ranking dos principais países consumidores do café brasileiro, com 18,1% (1.401.735 sacas) e 16,9% (1.307.654 sacas), respectivamente.

O terceiro país que mais importou café brasileiro foi a Itália, com 10,6% (823.791 sacas), seguido pelo Japão, com 7,6% (588.391 sacas); Bélgica, com 5,9% (459.759 sacas), Turquia, com 2,9% (223.915 sacas); Federação Russa, 2,6% (204.194 sacas), França com 2,6% (198.833 sacas) e Canadá (198.676 sacas), com 2,6%; e Reino Unido, com 2,4% (185.686 sacas).

Se comparado com o ano civil de 2017, Canadá e Reino Unido são os países que apresentam, até o momento, um crescimento maior no consumo de café brasileiro, com aumento de 10,92% e 16,29%, respectivamente, em relação ao ano passado. Vale mencionar que o Japão teve o terceiro maior crescimento, de 9,95%, seguido da Itália que apontou crescimento de 4,6%.

 

Diferenciados – Quanto aos cafés diferenciados, no primeiro trimestre deste ano o Brasil exportou 1.392.422 sacas, registrando uma participação de 18% no total do café exportado e 21,6% da receita. Em relação ao mesmo período de 2017, o volume representou um crescimento de 24,2%.

Os principais destinos no período foram: Estados Unidos, responsável por 24,6% (343.174 sacas), em seguida Alemanha, com 14,1% (196.226 sacas), Bélgica, 12,1% (169.110 sacas), Japão com 9,3% (129.858 sacas) seguido da Itália, com 6,2% (86.708 sacas) e Reino Unido (85.861 sacas) com 6,2%.

 

Preços – Em março, o preço médio foi de US$ 157,00/saca, um decréscimo de 10,6% na comparação com o mesmo mês no ano passado, quando a média era de US$ 175,62.

 

Portos – No ano civil, o Porto de Santos se manteve na liderança da maior parte das exportações, com 83,8% (6.482.803 sacas). O Porto do Rio de Janeiro aparece na sequência, com 11% dos embarques (851.514 sacas).

O relatório completo está disponível no site do Cecafé.


Fundado em 1999, o Cecafé – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – representa e promove ativamente o desenvolvimento do setor exportador de café no âmbito nacional e internacional. A entidade oferece suporte às operações do segmento por meio do intercâmbio de inteligência de dados, ações estratégicas e jurídicas, além de projetos de cidadania e responsabilidade social. Atualmente, possui 139 associados, entre exportadores de café, produtores, associações e cooperativas no Brasil, correspondendo a 95% dos agentes desse mercado no país.


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