Combate ao parasito requer investimentos constantes para evitar prejuízos para o produtor
O carrapato dos bovinos (Rhipicephalus microplus) é um dos principais desafios enfrentados pelos produtores. Dados de pesquisas brasileiras indicam que o parasito é responsável por prejuízos anuais de cerca de US$ 3,2 bilhões, associados à queda na produtividade, mortalidade de animais, custos com os tratamentos e com mão de obra.
De maneira geral, como ocorre nas outras parasitoses, cerca de 95% da população de carrapatos encontra-se no pasto e apenas 5% está diretamente nos bovinos. “Durante o ano, o produtor precisa investir em uma série de medidas para reduzir as infestações nas pastagens e, consequentemente, no rebanho”, explica o Gerente Técnicos de Pecuária de Corte da Ceva Saúde Animal, Marcos Malacco.
O controle estratégico é imprescindível para evitar a proliferação do parasito. Ele consiste na inserção de tratamentos com produtos adequados e altamente efetivos em determinadas épocas do ano. Para desenvolver um programa eficaz, deve-se levar em consideração uma série de fatores como: ciclo de vida do carrapato, manejo, raça dos animais e identificação daqueles que corriqueiramente apresentam as mais altas infestações no rebanho (“animais de sangue doce”), dentre outros.
De maneira geral, os carrapatos podem ser observados nos bovinos ao longo do ano, entretanto existem picos de infestações, denominados gerações dos carrapatos, que são estimuladas por condições ambientais favoráveis ao desenvolvimento do parasito nas pastagens.
Em média, o rebanho enfrentará três gerações no período de um ano. Em algumas regiões, dependendo das condições climáticas, ainda poderão ocorrer uma quarta ou uma quinta geração. É importante mencionar que a quantidade de carrapatos nas pastagens e, consequentemente nos animais, se acumula de geração para geração. Assim, o impacto ou a intensidade de uma geração posterior tem relação direta com a intensidade de infestação da geração imediatamente anterior a ela. Portanto, o sucesso do programa de controle dependerá do combate adequado dos carrapatos já no início da primeira geração, pois o grau da infestação dos próximos picos estará diretamente ligado a esse momento. Caso a primeira geração não tenha sido convenientemente controlada, deveremos iniciar o controle o quanto antes, logo no início da geração que encontrarmos na época do ano correspondente.
Nos programas de controle do carrapato, um ponto muito importante para o sucesso das ações é identificar, os animais de sangue doce. “Normalmente esses bovinos correspondem entre 10% e 20% do total de animais e carregam mais que a metade do total do número de carrapatos do rebanho. Portanto, são verdadeiras “fábricas” de carrapatos para o restante do rebanho. Estes animais necessitarão de um esquema especial de tratamento, caso permaneçam no rebanho, ou até mesmo serem descartados, pois essa característica é passada para sua descendência”, explica Malacco
O bem-estar dos animais também deve ser levado em conta dentro do esquema de controle: o manejo agressivo, tempo excessivo dentro do curral, entre outros fatores estressantes ocasionarão aumento nas taxas de cortisol sanguíneo, o que poderá culminar em queda da imunidade natural nos animais (imunodepressão) e maior possibilidade de altas infestações por ectoparasitos e outras enfermidades.
Frente aos desafios impostos pelo parasita, a Ceva Saúde Animal desenvolveu o Fluron® Gold, carrapaticida altamente eficaz que une efeito de contato e sistêmico para o controle do carrapato.
O produto possui em sua formulação três princípios ativos com mecanismos de ações diferentes: dois deles agindo por contato e o outro sistemicamente sobre o carrapato. Também há um sinergista, que auxilia um dos princípios ativos. Os ativos que agem por contato são o Clorpirifós e a Cipermetrina. Eles controlam todos os estágios parasitários do carrapato, juvenis e adultos, levando-os a paralisia e morte.
O sinergista presente é o butóxido de Piperonila ou BPO. Esse sinergista atua inibindo a ação da enzima citocromo P450, que é responsável pelo metabolismo da Cipermetrina em cepas resistentes a este ativo. Portanto, a presença do BPO em concentração adequada permitirá alta efetividade carrapaticida à Cipermetrina.
O outro princípio ativo presente na formulação de Fluron® Gold é o Fluazuron. Ele apresenta efeito sistêmico, ou seja, uma vez aplicado, será absorvido e chegará a circulação sanguínea e a outros fluidos dos animais tratados. Durante a fase parasitária do carrapato, há evolução dos estágios parasitários para as várias fases de desenvolvimento, que se tornam cada vez maiores.
Desta forma, a cada fase há o desenvolvimento de um novo arcabouço externo, chamado de exoesqueleto, necessário para a manutenção do conteúdo orgânico interno do parasito. O principal componente do exoesqueleto do carrapato é a quitina. O Fluazuron uma vez ingerido por estágios juvenis do carrapato que possam ser encontrados parasitando os animais tratados com Fluron® Gold, irá interferir na síntese da quitina, comprometendo o pleno desenvolvimento do exoesqueleto destes estágios juvenis parasitários do carrapato (larvais e ninfais).
Assim, ocorrerão soluções de continuidade no arcabouço externo destes estágios e, através das mesmas, ocorrerão perdas de conteúdos orgânicos internos dos mesmos culminado com a sua morte.
– A Ceva Saúde Animal é atualmente a 6ª maior empresa de saúde animal do mundo, presente em mais de 110 países tem sua atuação focada na pesquisa, desenvolvimento, produção e comercialização de produtos farmacêuticos e biológicos para animais de companhia, e produção (bovinos, suínos, equídeos e aves). Mais informações disponíveis no site: www.ceva.com.br
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