Prática pode trazer uma série de doenças para o rebanho como tripanossomose, anaplasmose e babesiose
Dentro do sistema produtivo de gado de corte e leite, o manejo sanitário adequado é imprescindível para garantir a biossegurança do ambiente e dos animais.
O compartilhamento de agulhas, entre bovinos, para aplicação de vacinas ou medicamentos traz riscos especialmente para transmissão de hemoparasitoses como a tripanossomose, a anaplasmose e a babesiose, doenças que diminuem a produtividade e podem levar os animais ao óbito.
Com o crescimento das fazendas e dos rebanhos comerciais, o uso de seringas e agulhas descartáveis se torna impraticável, ainda mais para aplicações em massa, como no caso de vacinações. “O produtor precisa ter um número de agulhas e seringas esterilizadas que atendam à demanda do rebanho e que proporcione trocas frequentes, a cada 10 ou 20 animais. Além disso, vale ressaltar que no caso de aplicações intravenosas, o compartilhamento deve ser evitado”, afirma o Gerente de Serviços Técnicos de Pecuária de Corte da Ceva Saúde Animal, Marcos Malacco.
Para garantir a biossegurança do rebanho, é indicado o uso de pistolas dosadoras automáticas ou seringas, e agulhas lavadas e convenientemente esterilizadas. “Todo o material utilizado nas aplicações parenterais (injetáveis) deve ser lavado e depois esterilizado através de fervura. Todas as peças das pistolas automáticas que entrem em contato direto com as vacinas ou medicamentos injetáveis, inclusive as borrachas, devem lavadas e serem fervidas após a desmontagem dos equipamentos”, explica Malacco.
A esterilização dos equipamentos deve ser feita imediatamente antes da sua utilização. Após a desmontagem e lavagem criteriosa das partes internas das pistolas dosadoras e seringas metálicas, todo o material deverá ser esterilizado sob fervura em água limpa. Uma vez aberta a fervura da água, o material deverá permanecer por um mínimo de 10 minutos na água fervente.
Posteriormente, durante a remontagem das pistolas automáticas e seringa metálicas, as borrachas deverão ser convenientemente lubrificadas possibilitando o aumento de sua vida útil e facilidade no manuseio durante as aplicações injetáveis.
Para garantir o bem-estar dos animais, as vacinas e medicamentos devem ser aplicados causando o mínimo de estresse possível. “Os animais devem ser manejados com calma e as aplicações devem ocorrer após a correta contenção dos mesmos. Devemos evitar manter os animais presos por um longo período nos currais ou mangueiros. A lotação dessas instalações deve ser adequada ao temperamento dos animais a serem manejados. O ideal é que próximo aos currais haja piquetes com água, bom sombreamento e alimentação adequada para a manutenção dos animais antes e após o manejo das aplicações e que os animais permaneçam o menor tempo possível nos currais”, finaliza Malacco.
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