Empórios, Wine Bares, promotores de eventos e distribuidores abrem novas oportunidades para o vinho brasileiro durante a principal feira vinícola do país
“A crise pode trazer dificuldades para uns, mas abre oportunidades para outros e aqui temos produtos para todos os tipos de púbico”. A frase proferida pelo representante comercial de uma grande vinícola de Garibaldi, Ibrahim Peruzzo da Silveira, resume o sentimento das 20 vinícolas brasileiras que participaram do estande coletivo do 21º ExpoVinis Brasil. A feira realizada no Expo Center Norte, em São Paulo (SP), encerrou nessa quinta-feira (8), com produtores de vinho, espumantes e suco de uva nacionais surpresos com o assédio verificado no espaço.
“Enquanto os pequenos estão acessando o mercado, as marcas mais consolidadas aproveitam para expandir seus pontos de venda. O mercado está mais aberto ao vinho brasileiro e diferentes segmentos estão nos procurando. As vinícolas nacionais foram o grande destaque do ExpoVinis 2017”, resumiu Diego Bertolini, gerente de Promoção do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin).
Apesar de não haver projeção de valor de negócios efetivados, boa parte dos expositores – a grande maioria de pequeno porte e 15 deles pela primeira vez no evento – comemorava a qualidade dos contatos feitos. “O mercado está sempre em busca de novidades: novas marcas, novos produtos, novos parceiros e, nesse momento, isso conta a nosso favor”, observou o responsável técnico Eder Giaretta. Com aproximadamente 14 rótulos inéditos sendo apresentados ao mercado, além das novas safras de vinhos já presentes em seus portfólios, o estande concentrou o público que circulou nos três dias de feira. Ao todo, mais de 150 rótulos verde-amarelos foram colocados na vitrine pelas empresas.
A diversidade de produtos, vindos de cinco diferentes regiões produtoras (veja quadro abaixo) e 15 diferentes cidades, tanto de vinícolas já estabelecidas como outras implantadas há poucos anos, atraiu um mercado também relativamente novo para o setor. Proprietários de empórios, promotores de eventos, pequenos mercados, bistrôs e de wine bares circulavam entre os estandes garimpando as bebidas que mais se identificavam com os seus negócios. “Os compradores de grandes redes de supermercados vieram, mas eles têm uma relação muito forte com os importados. Esses novos negócios conhecem melhor seus clientes e os vinhos brasileiros vêm despertando o interesse dos consumidores”, explica o enólogo e José Virgílio Venturini.
Entre as novidades degustadas no estande estavam rótulos de castas como Torrontés, Petit Verdot, Ruby Cabernet, Touriga Nacional, Sangiovese e Moscato de Alexandria (arquivo em anexo). Os espumantes, que já tem a qualidade e custo x benefício consolidados no mercado interno, continuam figurando entre os itens de grande interesse dos compradores. O suco de uva foi a aposta de uma das vinícolas da Serra Gaúcha, que foi à feira apenas com o produto em diferentes formatos de embalagem. “O apelo à saúde, aos produtos naturais e a restrição ao consumo de álcool por alguns segmentos, como igrejas, o público infantil ou por pessoas que vão a restaurantes, mas estão dirigindo, têm fomentando a busca do suco pelo mercado”, justificou a representante comercial Sueli Dias Oliveira.
A presença verde-amarela teve apoio institucional do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), em parceria com a empresa promotora da feira, a BTS/Informa. A participação de 15 empresas é subsidiada pelo Projeto Sebrae Vitivinicultura nas Regiões Serra, Campanha e Fronteira Oeste, com apoio do Programa Juntos para Competir (Farsul/Senar-RS/Sebrae-RS).
“Nosso objetivo é consolidar a imagem do vinho brasileiro, auxiliando os pequenos produtores, que são a base da cadeia vitivinícola, a acessarem o mercado, trocarem informações com compradores e formadores de opinião e, assim, se tornarem mais maduros comercialmente”, observou a Gestora de Projetos do Sebrae Serra Gaúcha, Angélica Brandalise.
- Vinícolas participantes do estande de vinhos brasileiros:
Aracuri Vinhos Finos (Muitos Capões), Batalha Vinhas e Vinhos (Candiota), Casa Venturini (Flores da Cunha), Cristófoli Vinhos de Família (Bento Gonçalves), Don Cândido Vinhos Finos (Bento Gonçalves), Don Giácomo (Caxias do Sul), Don Guerino Vinhos e Espumantes (Alto Feliz), Dunamis Vinhos e Vinhedos (Cotiporã/Dom Pedrito), Lidio Carraro Vinícola Boutique (Bento Gonçalves), RAR Vinhos e Espumantes (Vacaria), Sanjo – Coop. Agrícola de São Joaquim (São Joaquim), Vinhedos Capoani (Bento Gonçalves), Vinícola Arbugeri (Caxias do Sul), Vinícola Campos de Cima (Itaqui), Vinícola Courmayeur (Garibaldi), Vinícola Giaretta (Guaporé), Vinícola Lucano (São Paulo), Vinícola Peterlongo (Garibaldi), Vinícola Zanella (Antônio Prado), Vitivinícola Cordilheira de Santana (Santana do Livramento).
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