Com mercado interno e exportações em alta o setor registra aumento de 55% na produção este ano

Enquanto as vendas de automóveis ficaram praticamente empatadas com as de 2016 e as de caminhões registraram queda de 24% no acumulado do primeiro quadrimestre, a indústria de máquinas agrícolas e rodoviárias comemora 33% de crescimento em seus negócios locais no mesmo período.

Com desempenho positivo também na área externa, o segmento expandiu sua produção este ano em 55,5%. Foram fabricadas 18 mil máquinas agrícolas e rodoviárias nos primeiros quatro meses, ante as 11,6 mil do mesmo período de 2016.

As vendas internas totalizaram 13,2 mil unidades, contra as 9,9 mil de janeiro a abril do ano passado, enquanto as exportações, em idêntico comparativo, saltaram de 2,7 mil para 3,2 mil unidades, alta de 18,8% no ano.

Os números, divulgados pela Anfavea no início de maio, reforçam o bom momento vivido pelo setor, refletido também na maior feira de tecnologia agrícola da América Latina, a Agrishow, que este ano chegou em sua 24ª edição, em Ribeirão Preto, SP.

Balanço parcial do evento, realizado na primeira semana de maio, indicou faturamento de R$ 2,2 bilhões, montante 13% maior do que o registrado em 2016. Uma diferença, segundo os organizadores, de R$ 250 milhões. Perto de 159 mil pessoas visitaram a feira este ano.

A alta tecnologia dos produtos agrícolas aqui fabricados foi destaque na Agrishow 2017, segundo a vice-presidente da Anfavea, Ana Helena de Andrade. A indústria de máquinas agrícolas e rodoviárias reforçou investimento locais no desenvolvimento de produtos que garantem maior produtividade no campo.

A New Holland, por exemplo, apresentou a nova linha de colheitadeira de alto desempenho, a CR EVO – totalmente fabricada no Brasil, na fábrica da empresa em Sorocaba. De acordo com a New Holland, é uma evolução dos atuais modelos, com aumento de potência e tecnologia, fortalecendo o trabalho do agricultor brasileiro, que está prestes a colher a maior safra de grãos da história, com quase 220 milhões de toneladas.


por Alzira Rodrigues