Secretário da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo abre a campanha

Como marco do início da primeira etapa da campanha de vacinação de bovídeos (bovinos e bubalinos) com idade de zero a 24 meses contra a febre aftosa no Estado de São Paulo, o secretário de Agricultura e Abastecimento paulista, Arnaldo Jardim (foto), acompanhado do titular da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), Fernando Gomes Buchala, realizou no dia 5 de maio a vacinação de um bovídeo na Unidade de Bovinos de Corte, do Instituto de Zootecnia (IZ), em Sertãozinho. No total, 4,7 milhões de bovídeos de zero a 24 meses devem ser vacinados até 31 de maio.

No lançamento, o secretário Arnaldo Jardim ressaltou que “a cada etapa da campanha – maio e novembro – o Estado tem alcançado índices significativos, afastando o fantasma da febre aftosa, o que é muito importante para a sanidade do rebanho bovino”. E apontou que “a Secretaria tem discutido para caminhar no sentido de em breve credenciar o Estado como zona livre de aftosa sem vacinação”.

O coordenador da Defesa Agropecuária, Fernando Gomes Buchala, destacou que além do contingente de 11 milhões de cabeças do rebanho paulista, São Paulo recebe, por ano, mais de 2 milhões de animais vindos de outros Estados – para abate ou para terminação. “São de nossos frigoríficos que exportamos carne para ao Brasil e para mais de 160 países”, disse.

O coordenador lembrou que o Estado está há 21 anos sem registro da doença, o que mostra um esforço e a conscientização dos produtores, do setor e do governo para almejar novas conquistas. “Até 2021, fazermos a retirada gradativa da vacinação para que possamos conseguir junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) o reconhecimento de Estado livre da febre aftosa sem vacinação. Com esse novo reconhecimento, poderemos ampliar o número de países que compram a carne de São Paulo, além de agregar valor ao nosso produto”, disse Buchala.

Consciente da importância de vacinar contra a febre aftosa, Ivone Cristovão, que tem propriedade no município de Buritizal-SP, destacou alguns cuidados que são importantes na hora de vacinar os 38 bovinos da propriedade. “Os cuidados começam no momento que a vacina sai da loja, pois tem um jeito correto de acondicionar e a geladeira não pode ficar abrindo e fechando. Às vezes já fazemos a vacinação quando chega e vacina”, explicou Ivone.

Participaram do lançamento da campanha Orlando Melo de Castro, coordenador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta); João Brunelli Júnior, titular da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati); Benedito Carlos Dias, diretor do EDA de Ribeirão Preto; Renata Helena Branco Arnandes, diretora do Instituto de Zootecnia; Nilton César Teixeira, vice-prefeito de Sertãozinho; Rogério Magnini dos Santos, vereador de Sertãozinho; e João Sanches, ex-vereador e presidente do PPS em Sertãozinho.

Cuidados para garantir uma boa vacinação

  • adquirir vacina somente em estabelecimentos cadastrados pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária. A legislação proíbe o uso de vacinas contra a febre aftosa adquiridas em etapas de vacinações anteriores;
  • a vacina deve ser mantida refrigerada, entre 2 e 8 graus centígrados, tanto no transporte como no armazenamento, usando para isso uma caixa de isopor, com no mínimo dois terços de seu volume em gelo. A vacina não deve ser congelada.
  • escolher o horário mais fresco do dia para realizar a vacinação;
  • vacinar de preferência no terço médio do pescoço (tábua do pescoço). Independente da idade, a dose é de 5 ml de vacina. A vacinação é obrigatória para todos os bovinos e bubalinos com até 24 meses;
  • usar seringas e agulhas higienizadas – sem o uso de produtos químicos (nem álcool, nem cloro);
  • substituir a agulha com frequência, para evitar infecções;
  • manter os frascos da vacina resfriados durante a operação;
  • classificar os animais por idade (era) e sexo, para evitar acidentes durante a vacinação;
  • a vacinação deve ser realizada de 1 a 31 de maio de 2017. O criador tem até o dia 7 de junho para comunicar a vacinação ao órgão oficial de Defesa Agropecuária ou pelo sistema informatizado Gedave. É preciso ainda, declarar todo o rebanho bovídeo e também todos os animais de outras espécies existentes na propriedade, tais como: equídeos (equinos, asininos e muares), suideos (suínos, javalis e javaporco), ovinos, caprinos e aves (granjas de aves domésticas, criatórios de avestruzes).

A vacinação contra a febre aftosa é obrigatória. O criador que não vacinar ou não comunicar a vacinação à Defesa Agropecuária sofrerá as seguintes penalidades: multa de 5 Ufesps, ou seja R$ 125,35 por cabeça por deixar de vacinar, e 3 Ufesps, ou seja R$ 75,21 por cabeça por deixar de comunicar a vacinação. O valor de cada Ufesp – Unidade Fiscal do Estado de São Paulo é de R$ 25,07.


Por Teresa Paranhos
Assessoria de Comunicação
Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo