Em 2016, as exportações brasileiras de amendoim em grão somaram 106 mil toneladas, 9% superior aos volumes registrados em 2015, atingindo US$ 120 milhões, montante 7% superior ao alcançado no ano anterior.

Embora o amendoim responda por menos de 1% das exportações do agronegócio paulista, o Estado de São Paulo detém praticamente a totalidade da produção e da comercialização brasileira do produto, informa a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do Instituto de Economia Agrícola (IEA).

Os países europeus estão entre os principais consumidores, porém, observam-se mudanças nos destinos, afirma Renata Martins Sampaio, pesquisadora da Secretaria de Agricultura que atua no IEA. “A Holanda e seu entreposto comercial representava mais de 30% das exportações do amendoim em grão, de 2012 a 2014; nos dois anos seguintes, 2015 e 2016, respondeu por pouco mais de 15% do total exportado. No entanto, a Rússia, em 2016, representou 29% das exportações brasileiras, bem acima dos 12% registrados em 2012”, ressaltou.

Nesse universo, outro país que merece destaque é a Argélia, que no período de 2012 a 2016 foi o destino, em média, de 18% do total anual exportado. Da mesma forma, cabe ressaltar o movimento de diversificação de destinos do produto, especialmente nos anos 2015 e 2016, quando entram em cena países como Vietnã e África do Sul.

Em sentido contrário aos grãos, o óleo bruto de amendoim registrou queda de 22% nos volumes exportados e de 15% quando considerados os valores, em 2016. O resultado de retração traz na sua dinâmica uma melhor relação entre valores e volumes quando comparados os totais alcançados em 2014 e 2015, distantes, porém, do período de cotações mais favoráveis vivenciadas nos anos de 2013 e 2014, impulsionadas pela demanda em contraponto à retração de oferta. Em 2013, foram exportadas 63 mil toneladas e US$ 101 milhões e, em 2016, esses totais somaram 45 mil toneladas e US$ 62 milhões.

As exportações brasileiras de óleo bruto de amendoim têm como destino principal China e Itália. Nos últimos três anos, de 2014 a 2016, a China consumiu em torno de 3 milhões de toneladas de óleo de amendoim ao ano, desse montante 130 mil toneladas, em média, foram importadas anualmente. O Brasil respondeu por 19% desse volume, em 2016, sendo que a China respondeu por 56% das exportações brasileiras do óleo.

“No período de 2012 a 2016, o Brasil exportou mais de 130 mil toneladas de óleo de amendoim para a Itália, sendo destaque o ano de 2013, com 33 mil toneladas. Nos dois últimos anos, porém, observa-se retração nas exportações para este país, alcançando em 2016 pouco mais de 13 mil toneladas”, afirmou a pesquisadora.

O cenário indica a expansão das exportações de amendoim em grão pautadas em condições que apontam para o aumento do número de países importadores e retração dos valores das cotações praticadas. Para o óleo de amendoim, os destinos já estabelecidos, China e Itália, são mantidos e acompanhados da redução das exportações. “A manutenção e a ampliação do espaço brasileiro nesses mercados têm relação com a evolução da produção paulista de amendoim, dos processos e práticas de garantia da qualidade e de atendimentos das exigências e critérios de exportação dessa mercadoria”, concluiu Renata Sampaio.

Arnaldo Jardim, secretário de Agricultura, destaca que estudos sobre a evolução do comércio exterior de produtos específicos são importante fonte de conhecimento do setor. “A análise do comportamento das exportações paulistas e brasileiras de amendoim, produzida pelo IEA, permite que a Secretaria de Agricultura formule políticas públicas específicas para a cadeia. Sob orientação do governador Geraldo Alckmin, nossos institutos de pesquisa têm trabalhado para gerar informações e conhecimentos que auxiliem o desenvolvimento do setor produtivo”, afirmou o titular da Pasta.


Por Nara Guimarães | Assessoria de Comunicação
Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo

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