Paulo Figueiredo*
O agronegócio está entre as principais atividades responsáveis por movimentar a economia brasileira. De acordo com um levantamento feito pelo Centro de Estudos de Economia Agrícola, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz de Piracicaba/SP (Cepea/Esalq), o setor emprega 19 milhões de pessoas, número que representa 20% do total das oportunidades de trabalho do país.
Nesse cenário, uma atividade que chama a atenção é a agricultura familiar, que conta com 11,5 milhões de trabalhadores e é responsável por produzir 70% dos alimentos consumidos no país. Entre as culturas que provêm dela, estão: mandioca, feijão, milho, café, arroz e trigo, além da produção de leite e a criação de suínos, aves e bovinos.
A partir dos números positivos e do potencial de expansão que possui, diferentes segmentos da economia voltaram os seus olhares aos profissionais dessa atividade. Um exemplo é a indústria de maquinários agrícolas, que se adaptou à necessidade específica dos produtores para oferecer eficiência e segurança no trabalho.
Isso porque o agricultor familiar está em busca de tecnologias com custos acessíveis, de fácil manuseio, com menos esforço físico na operação e capazes de garantir o aumento da produtividade. O uso do Motocultivador no lugar da enxada, por exemplo, é indicado para atividades de preparo do solo, principalmente em hortas. Sua utilização também é bastante difundida em granjas para remover a cama de frango, melhorando o ambiente de criação. Com o equipamento, o produtor consegue diminuir o tempo de trabalho de forma significativa.
Outro exemplo de inovação é o uso da Derriçadora na colheita do café e também da acerola. Conhecida por “mãozinha”, a tecnologia substitui a colheita manual de grãos e frutos, pois gera vibrações para que eles se desprendam das plantas e sejam projetados ao solo, sem danificar os arbustos ou o mecanismo atuador.
Essas são apenas duas das soluções destinadas ao pequeno produtor. No entanto, é possível notar que cada vez mais a tecnologia tem um papel essencial no campo. Além de garantir o aumento da produtividade na manutenção de diferentes culturas, ela contribui com o fim das jornadas exaustivas de trabalho.
O importante é enxergar que a agricultura familiar se transformou em uma atividade muito competitiva, por isso devemos dar uma atenção especial aos pequenos produtores rurais. Com o aumento da produtividade e a redução dos custos, é possível gerar ainda mais valor ao agricultor.
(*) Paulo Figueiredo consultor técnico de produtos da Husqvarna, líder global no fornecimento de equipamentos para o manejo de áreas verdes.
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